Abstract:
|
Uma pesquisa realizada em 2013 no sistema penitenciário do Distrito Federal revelou que 70% dos detentos da unidade federativa liam de dois a quatro livros por mês – o que significa até 48 livros ao ano. Este índice é cerca de nove vezes maior do que a média da população brasileira em geral, que é de 4,96 obras anuais (lidas em parte ou integralmente). Partindo desses dados, este Trabalho de Conclusão de Curso reúne em um livro-reportagem perfis de pessoas em situação de privação de liberdade situadas em duas unidades prisionais de Florianópolis. A possibilidade de remição de pena pela leitura é uma realidade há poucos anos na capital do Estado, e é o que a maioria dos perfilados tem em comum. O foco da narrativa é a história das pessoas encarceradas, homens e mulheres, principalmente em relação às suas experiências com obras literárias e com a prática de leitura – tudo através do relato humanizado. As unidades prisionais são lugares de difícil acesso, e por isso a voz dos detentos e detentas não é ouvida – o que precisa mudar, já que atualmente cerca de 812 mil brasileiros estão atrás das grades. |