Abstract:
|
Pensar o "fazer a poesia" parece ser atividade recorrente e inevitável para alguns poetas e críticos. A partir das reflexões que fazem do que é o poético, encontramos nuances de um pensamento que se elabora enquanto se dá a escritura e a leitura - o fazer -, que resulta em versos (metapoema), textos críticos, ou resenhas de outras obras. Neste texto, proponho uma interpretação de Colori, de Alda Merini, com o viés auto-reflexivo que o exercício poético pode trazer. Ainda que um poema primaveril, elaborado em sua juventude, ele nos traz conceitos filosóficos, como o "devir", conceito que perpassa a história da filosofia, de Heráclito a Deleuze. Para maior acessibilidade, proponho também uma tradução do poema para o português, visto que a autora ainda não foi traduzida no Brasil. |