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Há poucos anos, o território masculino dos jogos eletrônicos recebe e tem se
modificado para atender um novo público consumidor, a mulher. Com um teor
exploratório, a pesquisa procura analisar as interações entre jogadores homens e
mulheres dentro do mundo virtual, que se mostra um grande campo de pesquisa, de
relações sociais intensas e conflituosas, de disputas de espaços e posições préestabelecidas. As mulheres, assim como pessoas de orientação não-binária, estão
começando a povoar espaços antes considerados como exclusivamente masculinos
e que, supostamente, demandam habilidades masculinizadas para manutenção de
relações de poder. Essa pesquisa é de caráter exploratório e teve como autores de
referência Nobert Elias e Pierre Bourdieu, autores que contemplam o nascimento de
novas instituições como espaço e momento de tensões e disputas, como o caso dos
jogos eletrônicos e os novos atores que chegam a este espaço virtual. Como
metodologia, propomos uma pesquisa de traços etnográficos e uma descrição densa
a partir do conceito de afetação (a partir da experiência da pesquisadora que é uma
jogadora) conforme a proposta de Geertz e Favret-Saada, respectivamente. Apesar
de ainda serem espaços institucionalizados como predominantemente de homens,
as jogadoras têm quebrado as barreiras dos papéis sociais para a ocupação de um
novo espaço, transformando suas dinâmicas internas, clamando por regras que
contemplem e respeitem as novas jogadoras. |
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