Abstract:
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Objetivo: Estimar a associação entre sífilis congênita e falha na triagem auditiva de neonatos do estado de Santa Catarina, no período de 2017 a 2019.
Métodos: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e analítico, realizado com neonatos do estado de Santa Catarina, entre janeiro de 2017 e dezembro de 2019. Utilizou-se a análise de regressão logística para estimar a associação entre a exposição principal (sífilis congênita) e o desfecho do estudo (falha na Triagem Auditiva Neonatal). Foram estimadas as odds ratio (OR) brutas e ajustadas no software Stata, versão 14.
Resultados: Participaram deste estudo 21.434 neonatos. Verificou-se que 351 (1,7%) recém-nascidos falharam na Triagem Auditiva Neonatal e 363 (1,7%) apresentavam sífilis congênita. Com relação à idade materna, houve maior prevalência (53,5%) de mães com idades entre 20 e 29 anos na amostra. Na análise ajustada, recém-nascidos com sífilis congênita apresentaram 3,25 vezes mais chance de falhar na Triagem Auditiva Neonatal, quando comparados aos neonatos sem sífilis congênita (IC 95%: 2,01; 5,26).
Conclusões: Houve associação entre sífilis congênita e falha na Triagem Auditiva Neonatal Universal. Para alcançar o diagnóstico e a intervenção precoce, são necessários investimentos em políticas públicas visando a valorização e fortalecimento da triagem auditiva no estado. |