Estudo clínico prospectivo da performance cirúrgica e protética de 170 implantes com conexão cone morse

Abstract

A proposta deste estudo foi avaliar a performance clínica de 170 implantes livre de parafusos através dos seguintes parâmetros cirúrgicos e protéticos: taxa de sobrevivência dos implantes, afrouxamento/fratura do pilar protético, afrouxamento/fratura do parafuso protético, lascamento/fratura da cerâmica, fratura da infraestrutura protética, perda de retenção/decimentação, em diferentes aplicações clínicas, tais como coroas unitárias, próteses parciais fixas e próteses fixas totais. Entre maio de 2017 e julho de 2018, pacientes encaminhados ao Centro de Ensino e Pesquisas em Implantes Dentários (CEPID) para tratamento com implantes livres de parafusos com idade acima de 18 anos, boa saúde sistêmica e oral foram incluídos no estudo. Após 12 semanas de cicatrização dos implantes instalados em mandíbula e 16 semanas para os implantes instalados na maxila, os pacientes foram chamados novamente para reabilitação protética. Todos os pacientes foram convocados para novos exames clínico, radiográfico e protético a cada 6 meses. O implante foi utilizado como unidade de avaliação para todos os parâmetros de análise. As restaurações envolveram 109 reconstruções fixas em função por pelo menos 6 meses. Poucas complicações protéticas foram relatadas (6,55%). 20 implantes foram reabilitados com próteses cimentadas, dos quais uma única coroa sofreu perda de retenção/decimentação. Dos 148 implantes reabilitados com próteses retidas por parafusos, 6,76% sofreram afrouxamento do parafuso protético. A incidência de lascas na cerâmica foi de 1,8%. A taxa de sobrevivência cumulativa do implante foi de 98,2%. Concluiu-se que o uso de implantes sem parafusos representa um procedimento bem-sucedido para a reabilitação de implantes, com uma taxa de sobrevivência cumulativa do implante de 98,2% e uma incidência muito baixa de complicações protéticas (6,55%) devido a uma alta estabilidade mecânica.<br>

Abstract : The purpose of this study was to evaluate the clinical performance of 170 screw free implants through the following surgical and prosthetic parameters: implant survival rate, abutment loosening/fracture, screw loosening/fracture, ceramic chipping/fracture, fracture of framework, loss of retention/decementation, in different clinical applications, such as single crowns, fixed partial prostheses and fixed full-arch prostheses. Between May 2017 and July 2018, patients referred to the Center on Education and Research on Dental Implants for treatment with screw free implants with age >18 years, good systemic and oral health were considered for inclusion in this study. After 12 weeks of healing for implants placed in the lower jaw and 16 weeks for those placed in the upper jaw, the patients were recalled for rehabilitation. All patients were recalled for clinical, radiographic, and prosthetic examination every 6 months. The implant was used as the unit of evaluation to all parameters of analysis. Restorations involved 109 fixed reconstructions in function for at least 6 months. A few prosthetic complications were reported (6,55%). 20 implants were rehabilitated with cemented prostheses, from those one single crown suffered loss of retention/decementation. From 148 implants rehabilitated with screwed retained prostheses, 6,76% suffered prosthetic screw loosening. Incidence of ceramic chipping was 1,8%. The cumulative implant survival rate was 98,2%. The use of screw free implants represents a successful procedure for implant rehabilitation, with a cumulative implant survival rate of 98,2% and a very low incidence of prosthetic complications (6,55%) due to a high mechanical stability.