Abstract:
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Este trabalho surge no âmbito da História da educação matemática para discutir os enunciados e propriedades dos
Números Complexos e Incomplexos e sua utilização com os sistemas métricos ou metrológicos no ensino
industrial brasileiro. O objetivo é analisar a obra Caderno de Matemática, pertencente à uma coleção denominada
Biblioteca do Ensino Industrial, de autoria de Arlindo Clemente e publicada pelo Ministério da Educação e Cultura
em parceria com a Comissão Brasileiro-Americana de Educação Industrial (CBAI), com enfoque para o conteúdo
dos números já nominados, com o propósito de responder à seguinte questão: números complexos e incomplexos
podem ser considerados como matemática a ensinar nas escolas de ensino industrial brasileiras? Como referenciais
teórico-metodológicos adotam-se as categorias de análise “saberes a ensinar” e “saberes para ensinar”, de
Hofstetter e Schneuwly (2017) bem como “matemática a ensinar” e “matemática para ensinar”, de Valente (2020).
Como resultados, verifica-se que a nomenclatura perdurou por mais de 400 anos, mas teve modificações
consubstanciais nas definições e conteúdos trabalhados. Além disso, verifica-se que a obra analisada traz
definições ligeiras e sucintas e dá importância aos exercícios e problemas, que eram destinados aos alunos dos
cursos ligados aos ofícios em metal, madeira, eletricidade e artes gráficas. |