dc.description.abstract |
Na atualidade, não há como se referir aos portos sem reconhecê-los como um elo fundamental
do transporte intermodal, e consequentemente, nos negócios nacionais e internacionais, sendo
responsável por grande parte desses fluxos. Entretanto, é tecnologicamente impossível instalar
e operar um porto sem que haja interferências nos ecossistemas que compõem, direta e
indiretamente, o sítio ambiental no qual o porto está localizado, uma vez que a zona litorânea e
estuarina são naturalmente sensíveis e desempenham um papel crucial para a manutenção do
equilíbrio ambiental. Desse modo, neste trabalho, busca-se realizar um diagnóstico da atual
situação da gestão ambiental dos portos catarinenses, por meio do Índice de Desenvolvimento
Ambiental (IDA), e propor um plano de ações para a melhoria contínua. Para atingir tal
objetivo, realiza-se o diagnóstico através da verificação dos requisitos não cumpridos
necessários para atingir a pontuação máxima do IDA, da identificação das fragilidades
evidenciadas pelo indicador sobre a gestão ambiental e com isso a elaboração das ações
sugeridas de forma que os requisitos faltantes sejam cumpridos nos portos de Imbituba, Itajaí e
São Francisco do Sul. Na etapa de diagnóstico foi criada uma planilha eletrônica para organizar
as informações do IDA, com todos os temas abordados, bem como os indicadores atrelados a
cada tema, seus respectivos níveis e a descrição de cada nível. Após a confecção da tabela com
os indicadores, incluiu-se também uma coluna para cada porto mostrando o nível atingido em
cada indicador e uma coluna indicando se o nível máximo de cada indicador foi atingido ou
não. Na etapa de proposição de ações, foram utilizados os dados organizados na citada planilha
quanto à descrição dos níveis faltantes para obtenção da pontuação máxima em cada indicador.
De acordo com esses dados buscou-se ações presentes nos principais instrumentos de
planejamento portuário nacional (PDZs e Planos Mestres) já validadas por especialistas, as
quais se implementadas, levariam cada um dos portos a atingirem os níveis faltantes do IDA.
Os indicadores os quais apresentaram as piores pontuações foram os referentes às certificações
voluntárias e à disposição de sistema Onshore Power Supply (OPS), onde os três portos em
análise não atingiram nível máximo. Além desses, os indicadores os quais pelo menos dois dos
três portos analisados deixaram de atingir pontuação máxima foram os referentes à implantação
de Agenda Ambiental Institucional e à divulgação de informações ambientais através de sítio
eletrônico, por exemplo. Assim, de modo que os portos melhorem sua pontuação, foram
sugeridas ao todo 22 ações detalhadas com objetivo, descrição, prazo estimado de realização e
os portos aos quais cada uma é recomendada. Dessas 22 ações, que na maioria das vezes são
recomendadas para mais de um porto, 17 são sugeridas para o Porto de Imbituba, três para o
Porto de Itajaí e 13 para o Porto de São Francisco do Sul. Com o cumprimento das ações
sugeridas espera-se que os três portos atinjam a nota máxima no IDA, melhorem sua gestão
ambiental e, consequentemente, sua relação com o meio socioambiental no qual estão inseridos. |
pt_BR |