Abstract:
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Entomologia Forense é definida como o estudo de insetos e outros artrópodes relacionados a questões de cunho legal. Na área médico-legal, a estimativa do intervalo pós-morte mínimo por métodos entomológicos requer o levantamento de dados acerca de parâmetros do desenvolvimento pós-embrionário das espécies de interesse forense. Para tais estudos, colônias são fundadas e mantidas em laboratório utilizando diferentes métodos. O presente trabalho avaliou o impacto da manutenção laboratorial sobre características do desenvolvimento de uma colônia de Chrysomya megacephala. Oito gerações foram criadas sem introdução de indivíduos silvestres. O levantamento de dados ocorreu com a primeira e a quinta geração. Não houveram diferenças significativas no tempo de desenvolvimento, no tamanho larval e na razão sexual. No entanto, foi observado diferenças quando comparado com dados de outros trabalhos. Tais variações podem ter sido causadas por fatores extrínsecos e intrínsecos, como condições que não foram necessariamente controladas em laboratório, variações nos métodos de criação e diversidade fisiológica nas populações relacionadas às variações geográficas. A partir da sexta geração apareceram dificuldades para a manutenção da colônia, sendo elas a pouca oviposição, a não eclosão dos ovos e a baixa sobrevivência de larvas e pupas. Diversas tentativas para fundar a nona geração foram feitas, mas os ovos postos pela oitava geração não eclodiram. |