Abstract:
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A carência de sentido da palavra, seu desgaste, relaciona-se com a concepção de presente, ou com a falta do discurso teórico em lidar com o presente das suas asserções políticas, diz o professor, crítico e poeta Marcos Siscar em Poesia e Crise[1]. A pertinente colocação faz referência ao discurso teórico, neste texto iremos pensar como a poesia contemporânea de Antonella Anedda (1955) ao falar liga-se ao presente. Em entrevista concedida à Patricia Peterle e Elena Santi[2], publicada em Vozes: cinco décadas de poesia italiana, Anedda diz que a poesia quando realmente fala nunca é desgastada e quem escreve poesia não se opõe ao mundo, mas à arrogância e ao poder. Sendo assim, iniciamos essa proposta de leitura a título de apresentá-la ao leitor brasileiro, haja vista que sua obra ainda não foi traduzida em língua portuguesa. |