Abstract:
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Introdução: A fisiopatologia do paciente grande queimado é caracterizada por mudanças orgânicas que alteram diretamente a cinética dos medicamentos. Essas alterações fisiológicas podem ser divididas em duas, a fase de ressuscitação e a fase hipermetabólica. Objetivos: Levantar as recomendações dos ajustes do regime terapêutico de antibióticos e sedoanalgésicos frente as alterações da farmacocinética do queimado, e propor um protocolo. Método: Foi realizada uma revisão de escopo sobre as alterações cinéticas da farmacoterapia em queimados no período de 10 anos em periódicos indexados segundo a metodologia adaptada do Manual de Revisões do Joanna Briggs Institute, com foco nos antimicrobianos e sedoanalgésicos. O protocolo foi confeccionado a partir desta revisão, de guidelines de sociedades cientificas e da prática clínica baseada em evidências. Resultados: Foram encontrados 51 documentos, sendo 45 sobre antimicrobianos, quatro sobre sedoanalgésicos e um sobre ambas classes. Os artigos abordaram a possibilidade de falhas terapêuticas decorrente das alterações cinéticas na segunda fase, recomendando para os sedoanalgésicos a titulação das doses a partir da resposta clínica e para os antimicrobianos a possibilidade de ajuste de dose, posologia e tempo de infusão. Conclusão: Foram poucos os estudos encontrados, e os identificados traziam uma amostragem pequena, precisando de análises mais robustas. De forma complementar, foi notado que o farmacêutico ocupa pouco os espaços de discussão dos cuidados deste perfil de paciente, e sua participação pode somar nos avanços de temas importantes como o que trata este trabalho. |