Abstract:
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Este trabalho busca destacar os aspectos do debate civilizacional evidenciados durante a Guerra do Paraguai. Esse debate serviu muito para legitimar atitudes bélicas de um país contra o outro, cujos argumentos para a guerra giravam em torno de “civilizar os povos atrasados” e “libertá-los da opressão”. Narrativas sobre democracia e liberdade foram usadas como acusações de um país contra o outro, em destaque para o Brasil e Paraguai. Os documentos aqui utilizados são de predominância jornalística, cujas pesquisas foram realizadas na hemeroteca brasileira, onde jornais tanto do Paraguai quanto da Argentina do período do conflito estão presentes. O trabalho vai além, evidenciando a formação nacional da região do Prata e as bases em que esses países se legitimaram perante seu povo, além de debater como eles se enxergavam perante o mundo e aos seus vizinhos. É evidente, como a leitura dos documentos, que a taxação de seus adversários na guerra como “bárbaros” era uma forma depreciativa, além de legitimar a ação dos “civilizados” que tem o dever de “libertar” o outro povo da “opressão”. |