Abstract:
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Objetivo: Verificar se há relação entre o nível de ingestão por via oral em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico, segundo a etiologia estabelecida pela escala Trial of Org 10172 in Acute Stroke Treatment e a localização da lesão neurológica definida pela escala Oxfordshire Community Stroke Project. Método: Trata-se de estudo descritivo transversal de 267 pacientes com idade média de 72 anos, de ambos os sexos, com diagnóstico de acidente vascular cerebral isquêmico no período de 2009 a 2017. Para análise de dados secundários foi desenvolvido pelos autores instrumento específico para coleta das informações do banco de dados do Serviço de Neurologia e Fonoaudiologia do Hospital Governador Celso Ramos, Florianópolis - Santa Catarina. Para análise estatística dos dados foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis (P<0,05), o teste de Post-hoc (Conover, P<0,005) e a correlação de Spearman (P<0,005). Resultados: De acordo com a Functional Oral Intake Scale, os grupos de pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico com localização da lesão em circulação anterior total apresentaram nível menor de ingestão por via oral (mediana= 1,0). O grupo etiológico de oclusão de pequenas artérias e de localização da lesão em síndromes lacunares apresentaram maior nível de ingestão por via oral (mediana= 7,0 para ambos). Conclusão: Há relação entre a gravidade das escalas de etiologia (P=0,000095) e localização da lesão com a evolução da ingestão por via oral (P<0,000001). Ou seja, se a lesão for localizada na circulação anterior total, é mais grave o prognóstico do paciente. Se for de etiologia de oclusão de pequenas artérias e de localização da lesão nas síndromes lacunares, menos grave é o prognóstico do paciente. |