Abstract:
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Trypanosoma cruzi é um protozoário flagelado responsável pela doença de Chagas, que é endêmica entre a região norte da Argentina e Chile até o sul dos Estados Unidos. Desde a sua descoberta em 1909 pelo médico Carlos Chagas, a doença foi identificada em outros países da América Latina. Ela está distribuída por todo o território nacional, sendo que as regiões norte e nordeste são as de maior concentração de infectados. O contágio se dá principalmente pela via oral, através da ingestão de carnes ou outros alimentos, como açaí e cana de açúcar, contaminados com o parasita, e pela via vetorial, por insetos da subfamília Triatominae que estão espalhados por todo o continente americano, sendo que há também casos de contaminação por transfusão sanguínea, transplante de órgãos e de mãe para filho durante a gravidez. Atualmente existem apenas dois fármacos usados no tratamento da doença de Chagas, nifurtimox e benzonidazol. Apesar de terem uma ótima taxa de cura na fase aguda da doença, a sua eficácia na fase crônica
se torna menor e, somado a isso, há uma série de efeitos adversos causados durante o tratamento que faz com que o paciente descontinue o tratamento. Benzonidazol é, entre os dois, o mais tolerado dentro do corpo e por isso é considerada a primeira opção de tratamento. Por se tratar de um fármaco de baixa solubilidade, é de interesse tecnológico a busca de novas formulações que visem a sua melhor solubilidade e que também busquem novas rotas de liberação, auxiliando na diminuição destes efeitos e uma melhora no controle das doses e do tratamento. Assim, este estudo traz uma revisão acerca de alternativas no desenvolvimento de novas formulações a base de benzonidazol. |