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O aumento na geração de resíduos sólidos urbanos (RSU) é uma problemática no Brasil,
que necessita ampliar a cobertura e melhorar a eficiência da gestão e do gerenciamento
de RSU. A partir de dados coletados em centros de triagem de RSU de dois municípios
do extremo sul catarinense, Maracajá/SC e Turvo/SC, e da análise das informações
registradas em seus Planos Municipais de Gestão de Integrada de Resíduos Sólidos
(PMGIRS) e de dados declarados ao SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento), foi possível identificar os principais fatores que influenciaram a gestão de
resíduos ao longo dos últimos anos. Esses municípios destinam seus rejeitos em aterro
sanitário da região, dotado de tecnologia de recuperação de biogás de aterro para fins
energéticos. Os custos relacionados ao transporte e destinação final de RSU, as emissões
de CO2 e geração de energia foram estimados para o ano de 2020 a partir dos dados da
triagem dos resíduos. Foi utilizada a ferramenta de simulação de cenários WARM (Waste
Reduction Model), mediante a utilização de quatro cenários com diferentes taxas de
reciclagem em ambos os centros de triagem, para o Cenário 1 (cenário base) a taxa de
reciclagem foi de 0% de resíduos, para o Cenário 2 foi utilizada taxa de recuperação
média atual de 10% dos centros de triagem, para o Cenário 3 foi utilizado 25% na taxa de
reciclagem e por último, 50% na reciclagem para o Cenário 4. Para esses, foram
considerados no primeiro caso a presença do sistema de recuperação de biogás de aterro,
e posteriormente, ausência do mesmo. O aumento da taxa de reciclagem somado a
recuperação energética do biogás de aterro é o cenário com melhor desempenho para
redução gradativa das emissões de CO2. Em relação à energia, o desempenho do aumento
da taxa de reciclagem sem recuperação para energia demonstra desempenho próximo ao
sistema que considera a recuperação de biogás de aterro, portanto, o consumo de energia
pode ser reduzido apenas melhorando a taxa de reciclagem. Nos custos de gestão de
resíduos houve aumento em todos os casos, levando-se em consideração salários e taxas
calculados pela ferramenta. Com isso, conclui-se que o aumento da reciclagem junto à
recuperação energética do biogás de aterro para os impactos ambientais foi a melhor
opção neste estudo. Porém, os dados econômicos devem ser melhor analisados já que a
ferramenta possui limitações e não considera as vendas de materiais recicláveis. Modelos
de consórcios intermunicipais podem ser uma alternativa para a gestão atual desses
centros de triagem, na busca de apoios e benefícios em termos de qualidade técnica e
ambiental da disposição de resíduos sólidos da região. |
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