Abstract:
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A propriedade tóxica do monóxido de carbono ao ser humano é amplamente
conhecida, mas, a partir da descoberta de sua produção endógena, foram
desenvolvidos diversos estudos para verificar as suas propriedades benéficas. Um
dos grandes desafios é administrá-lo adequadamente no organismo. Uma alternativa
para contornar esse problema é a utilização de espécies fotoativas que liberam
monóxido de carbono, conhecidas como fotoCORMs, que liberam o CO através da
fotoexcitação de elétrons. A fim de produzir um composto capaz de liberar CO através
da irradiação de luz, sintetizou-se um composto organometálico de manganês(I):
brometo de tricarbonil(2-[N-bis-(2-piridilmetil)aminometil]-4-metil-6-
formilfenol)manganês(I), o qual foi ancorado em sílica gel funcionalizada com 3-
aminopropil. Após sintetizado, o ligante foi caracterizado por espectroscopias nas
regiões do infravermelho, ultravioleta e visível, ressonância magnética nuclear de
hidrogênio e de carbono, assim como o complexo de manganês(I), caracterizado
também através de voltametria cíclica, teste de precipitação e condutividade molar. O
complexo foi ancorado em sílica funcionalizada e posteriormente caracterizado pelas
espectroscopias nas regiões do infravermelho e ultravioleta. A liberação de monóxido
de carbono pelo complexo de manganês(I) foi avaliada em solução (meio
homogêneo), sendo observada através do decaimento da banda de transferência de
carga metal-ligante, durante a irradiação de luz em um comprimento de onda próximo
da banda observada, e foi expressa em função do rendimento quântico e da constante
aparente de velocidade de liberação de monóxido de carbono. A liberação pelo
complexo ancorado foi avaliada em suspensão (meio heterogêneo) e no estado sólido
através das espectroscopias nas regiões do infravermelho e ultravioleta e visível, e o
resultado foi comparado com o obtido para o meio homogêneo. |