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O trabalho aborda as temporalidades e corpos galgados nos desenhos do Caderno de número 3, O jogo da capoeira (1951) da Coleção Recôncavo, de autoria de Carybé. Coletânea encomendada pelo Governo do Estado da Bahia, fora impressa, publicada, e posta em circulação na Salvador de meados do século XX. Seu conjunto somou dez livros em torno do que seriam os proeminentes aspectos da cultura baiana. O livro em questão fora composto por 24 desenhos, acrescidos à uma produção textual introdutória, do artista argentino que se fixara em Salvador a partir dos anos 1950, às vésperas dessa produção. A temporalidade perpassa o memorando dos percursos artista, a reprodutibilidade da obra, e a capoeira de Angola, escopo de seus desenhos e elemento de grande divulgação à sua época. Alcança também, conjunções antecedentes, como o fluxo massivo de pessoas aportadas na capital, procedentes dos tráfegos
transatlânticos. Decompondo as imagens de Carybé, operam-se outros tempos, pautados nos estudos de Aby Warburg. Coloca-se em questão a memória transmitida pela capoeira, pela expressividade do corpo da capoeira, pela figuração do artista, e assim, das próprias imagens, que foram apresentadas a partir do movimento. |
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