Abstract:
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Problema social, de saúde pública mundial e violação de direitos humanos, a violência
contra a mulher pode causar danos profundos. Ao longo de suas vidas, mulheres que vivenciam violência
sexual ficam expostas a desenvolverem más condições de saúde, o que demanda atendimento de repetição e
custos elevados para a atenção primária. Dessa maneira, ao conhecer o perfil epidemiológico das mulheres
vítimas deste tipo de violência cria-se a possibilidade da elaboração de políticas públicas que protejam essa
população. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico realizado a partir da análise de dados epidemiológicos
de vítimas do sexo feminino de violência sexual disponíveis na plataforma DATASUS, pelo Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (Sinan), entre os anos de 2014 a 2018, no estado de Santa Catarina.
Resultados: Das 1975 mulheres vítimas de violência sexual no período, 35,6% estavam dentro da faixa
etária de 15-19 anos, 35,0% alcançaram o ensino médio, 80,1% eram brancas, a maioria das ocorrências
aconteceram dentro das próprias residências. 50,6% das vítimas afirmaram alguma relação de proximidade
com o perpetrador e 27,0% alegaram agressão de repetição. Conclusão: Muitas das vítimas não recebem
informações suficientes ou adequadas para entenderem que a situação em que se encontram é uma condição
de violência sexual. Por isso a importância de se realizar um estudo que identifique o perfil mais prevalente
das vítimas a qual se deseja rastrear. O rastreio vem como uma ferramenta para identificar, informar e
acolher, dessa maneira se investe em prevenção em saúde e não em correção de danos. |