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Introdução: O adenocarcinoma ductal pancreático (PDAC) é uma doença agressiva que causa, no Brasil, 2% das neoplasias e 5% das mortes por câncer. A análise do sequenciamento do exoma – parte do DNA que codifica as proteínas – permite identificar as mutações específicas do tumor, bem como os polimorfismos do paciente. Essa informação é necessária para incrementar a terapia alvo para o PDAC, pois fornece evidência para selecionar – ou excluir – tratamentos para a doença. Objetivo: Identificar as mutações somáticas e germinativas de interesse clínico e farmacológico presentes no PDAC de 4 pacientes, por meio da técnica WES, whole exome sequencing. Método: Usamos dados públicos de 4 amostras de pares tumor-normal (T-N) de PDAC, localizados na cabeça do pâncreas de pacientes caucasianos, estadio T3N1M0, sequenciadas e publicizadas pelo Texas Cancer Research Biobank. Para identificar as variações somáticas e germinativas, usamos o software GATK. Anotamos as consequências clínicas e farmacológicas dessas variações por meio do software VEP (Variant Efect Predictor). E analisamos as suas consequências por meio dos software estatístico R. Resultados: Dos 4 tumores, 1 possui variação estrutural com duplicação do gene AKT2; outro, alterações na via das ciclinas CCNA1, CDK14 e CDKN2C, o que altera o regime quimioterápico; na linhagem germinativa, 1 paciente tem variantes no gene XRCC1, que sugere aumento a resposta à platina. Conclusão: Embora a patologia classifique todos os tumores como PDAC, cada paciente – bem como o respectivo tumor – apresenta especificidades que afetam o diagnóstico e as possibilidades terapêuticas. O WES permite identificá-las a um custo baixo, o que amplia as possibilidades de tratamento do PDAC. |
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