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Abstract:
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O ano de 2018 representou um marco da polaridade política que o Brasil vem enfrentando
desde meados da década de 2010. A ascensão do conservadorismo liberal no continente
americano - com as eleições de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, em 2016, e
de Jair Bolsonaro, dois anos depois, no Brasil - trouxe mudanças significativas para a
orientação da Política Externa Brasileira (PEB) nos últimos anos, que passou a ser pautada
fundamentalmente por vieses ideológicos. Partindo-se da premissa da política burocrática de
Graham T. Allison (1971) de que a tomada de decisão da política externa é influenciada por
disputas de atores domésticos, a presente monografia tem como tema de investigação a
reorientação da PEB ocorrida no governo Bolsonaro, a fim de compreender a participação
brasileira no desmantelamento institucional da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL)
e na criação de um organismo substituto para o bloco regional: o Foro para o Progresso da
América do Sul (PROSUL). Para tanto, são identificados os principais atores envolvidos na
formulação da PEB dos dois primeiros anos de governo bolsonarista, bem como suas
influências para o cenário estudado. |
