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Entre o final do século XIX e início do século XX, as mulheres socialistas construíram um movimento internacional com o objetivo de projetar a emancipação social das trabalhadoras. Elas utilizaram a Segunda Internacional Socialista (1889-1916) como mola propulsora para estabelecer suas redes de ativismo e, dessa forma, propuseram a criação de direitos políticos e do trabalho, além de leis de proteção à maternidade, específicos para as operárias. Neste trabalho, buscamos investigar como as ativistas socialistas criaram esse projeto de emancipação e como elas traduziram a tensão existente entre o socialismo e feminismo, visto que os movimentos dispunham de visões diferentes – e, por vezes, conflitantes – das relações de classe e gênero. Argumentamos que esse caso revela a pluralidade de movimentos por direitos femininos que coexistiram no início no século XX, bem como a diversidade de análises que eles fizeram sobre opressão feminina. Por fim, demonstramos também que, após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), as lutas encabeçadas por mulheres socialistas foram fundamentais para a criação de uma legislação trabalhista pela Organização Internacional dos Trabalhadores (OIT) e para o estabelecimento do sufrágio feminino, ainda que limitado, em uma série de países da Europa ocidental. |
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