Abstract:
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O presente artigo busca refletir, a partir das contribuições teóricas da Indústria Cultural e da Sociologia do Corpo,
sobre como a sociedade vem construindo um conceito de corpo marcado pela razão da mercadoria, objetivando
atender às necessidades impostas pela Indústria Cultural. A sociedade vem consumindo mercadorias e imagens, que a
Indústria Cultural, pelos meios de comunicação, coloca como as melhores, utilizando-se de um discurso supostamente
enraizado na liberdade de escolha, e que convoca os sujeitos a gozar dos objetos que se apresentam no mercado
como capazes de atender, não à realização (simbólica) dos desejos, mas à satisfação das necessidades produzidas, em
que está incluída a imagem do corpo ideal, aceito pela sociedade. Propomos uma reflexão/ação de uma Educação
Física que promova a constituição de um sujeito autônomo, crítico e que seja capaz de mediar criticamente a imagem
da mídia de um corpo “perfeito” para que não percamos nossa própria subjetividade. A Educação Física escolar tornase
fundamental para o aprendizado dessa maneira crítica de olhar e interpretar as influências culturais de nosso meio,
sobretudo com relação aos temas corpo e práticas corporais. |