Abstract:
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Ainda no contexto da ditadura militar no Brasil, na região de divisa entre o oeste de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, a população que seria atingida pela construção da usina hidrelétrica de Itá organizou um movimento de luta pelas suas reivindicações por indenizações justas e terra por terra. O movimento regional organizado teve grande força, contando com o apoio de Sindicatos de Trabalhadores Rurais, Igreja Católica e Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB). O movimento que foi vitorioso na luta por suas pautas, foi uma das raízes para a nacionalização e criação do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB). Este trabalho está dividido em três capítulos, onde no primeiro é contada a história do início do movimento, abordando o contexto da época, são apresentados elementos sobre a organização interna, estrutura do movimento e apoiadores. No segundo capítulo são pensadas as questões relacionadas às memórias apresentadas pelo Consórcio Itá. São analisados os discursos presentes nos espaços atrelados à construção da usina. No terceiro capítulo, são vistos mais de perto os depoimentos coletados, pensando nas particularidades e semelhanças de cada um. Com objetivo de analisar as narrativas relacionadas à construção da barragem de Itá, o método usado para a pesquisa deste trabalho foi a coleta de informações por meio de entrevistas realizadas com seis pessoas, e a realização de pesquisa de campo em Itá e Chapecó, em Santa Catarina. |