Abstract:
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Objetivos: Realizar uma análise da evolução temporal da incidência e do perfil epidemiológico dos
casos de Sífilis Congênita notificados no estado de Santa Catarina no período de 2012 a 2021.
Métodos: Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo, que utilizou dados secundários
disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), e no Sistema de
Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC).
Resultados: Entre 2012 e 2021 foram notificados 4695 mil casos de Sífilis Congênita no estado de
Santa Catarina. A taxa de incidência passou de 1,14 para 6,21 casos por mil nascidos vivos entre os
anos analisados. O perfil sociodemográfico predominante foi de gestantes brancas, com idade entre
20 e 34 anos e com o ensino médio completo. O diagnóstico de sífilis foi realizado em 65,62% dos
casos durante o pré-natal. A maioria das gestantes que tiveram conceptos com Sífilis Congênita
confirmada realizaram pré-natal, tiveram tratamento inadequado e não tiveram sua parceria sexual
tratada. O teste de licor e a radiografia de ossos longos não foi realizado em grande parte dos casos.
Evoluíram como vivos no momento da notificação 95,39%, dos casos, sendo que 1,45% foram a
óbito por SC, e 0,68% foram a óbito por outras causas. 4,90% dos casos analisados no período
evoluíram para aborto e 4,98% são de natimortos.
Conclusão: Ocorreu considerável aumento da incidência da Sífilis Congênita ao longo dos anos
analisados, sendo que a maioria dos dados encontrados corroboram o cenário nacional. O elevado
número de casos e a permanência de desfechos desfavoráveis pela doença evidencia a necessidade
do constante aperfeiçoamento da saúde pública e, em especial, da assistência pré-natal. |