Abstract:
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Introdução: A dengue é a doença viral transmitida por mosquitos que mais rapidamente se propaga no mundo, sendo responsável por cerca de 390 milhões de casos anualmente, representando um grande problema de saúde pública global e demandando enormes gastos aos cofres públicos. Atualmente o número de casos se encontra em ascensão e causa preocupação das autoridades públicas devido ao difícil controle do vetor e o seu potencial impacto socioeconômico e de morbimortalidade. Objetivo: Descrever o perfil dos casos confirmados e evolução das taxas de incidência de dengue em Santa Catarina, no período de 2011 a 2021. Métodos: Estudo descritivo, realizado com dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde (SINAN) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram calculadas as taxas brutas e padronizadas no período e as taxas estratificadas por grupos etários (0-19; 20-59; ≥60 anos). Também foram calculados os crescimentos percentuais por período e crescimento médio anual. Resultados: Foram identificados 41.248 casos confirmados de dengue, com maior número de casos nos dois últimos anos (2020 e 2021). Maior incidência foi detectada entre mulheres (52,3%), na raça/cor branca (40,3%) e no grupo etário de 20 a 39 anos (40,3%). Além disso, a maioria dos casos eram autóctones, não necessitaram de hospitalização, ocorreram em área urbana e na macrorregião Planalto Norte e Nordeste Catarinense. Em 2011, a taxa padronizada de incidência de dengue foi de 1,90 casos a cada 100.000 habitantes, passando para 259,25/100.000 em 2021. A taxa de incidência de dengue cresceu, em média, 56,35% ao ano. Conclusão: No período analisado houve um crescimento bruto de mais de 13mil% e um aumento médio de aproximadamente 56,35% nos números de notificação de casos confirmados de dengue, quando comparada às taxas do primeiro e último ano, evidenciando um crescente problema de saúde pública e uma grande dificuldade de controle da doença. Mais estudos são necessários para direcionar e tornar as intervenções mais eficazes, tornando o combate a doença mais duradouro. |