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O presente trabalho partiu de uma revisitação do projeto de educação patrimonial “O Fantástico na Trilha de Santa Catarina” que possibilitou identificar conceitos e questões norteadores de um esforço de pesquisa visando sua reelaboração. Buscando encontrar os princípios que devem guiar um método de ensino de história crítico, a partir do patrimônio, identificou-se, por exemplo, que o projeto se filiava à concepção de Aloísio Magalhães de que ‘só se preserva o que se ama, e só se ama o que se conhece’ (MAGALHÃES, 1997), concepção esta que vinculava ações educativas a uma defesa do patrimônio cultural muitas vezes cega da historicidade do patrimônio e sua inserção em um complexo jogo de poderes. A pesquisa realizada possibilitou o acesso e a compreensão da concepção de patrimônio que emergiu da Constituição de 1988 e que viabilizou a articulação de ações educativas ao empoderamento e a valorização de grupos sociais historicamente marginalizados e à participação ativa destes grupos na própria definição de seu patrimônio. A partir dessa nova concepção, uma aula de campo, entre os bairros de Itaguaçu e Coqueiros foi reelaborada com novos temas, objetivos e métodos. Com a seleção de obras de Franklin Cascaes como fontes, a aula propõe relacioná-las a monumentos, edificações e paisagens da cidade de maneira a trazer à tona a crítica do autor ao progresso e à modernidade. O questionamento das fontes e de seu autor através de uma ‘atitude historiadora’ (MAUAD, 2018) conjugada à ‘matriz de leitura de fontes históricas’ (AZAMBUJA,2022), guia a problematização necessária da temática para que os estudantes possam conhecer o passado para compreender o presente e, assim, buscar decidir o que gostariam de ‘patrimonializar’ para o futuro. |
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