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O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que pode ser caracterizada pela desestruturação citoarquitetônica dos neurônios corticais e hipocampais. A manifestação clínica de sintomas comportamentais é determinada por uma progressão gradual da demência, resultando em cognição disfuncional no campo da memória, aprendizado, foco atencional e atividades executivas. Para a prevalência da doença, o ambiente apresenta tanto risco quanto, senão mais, que fatores genéticos por influenciar este último. Na literatura, há diversos artigos que associam distúrbios do sono, tal como apneia e insônia, ao desenvolvimento da doença de Alzheimer e decaimento cognitivo, assim, sendo caracterizado como fator de risco. Com o intuito de atenuar o cenário mundial da doença é necessário rever conceitos que influenciam na transcrição gênica. Neste estudo foram utilizados métodos computacionais para tratar sobre a hipotética correlação entre as referentes às condições: privação de sono e doença de Alzheimer, com o intuito de identificar genes sendo co-expressos em determinados tecidos do sistema nervoso central. A análise de expressão diferencial, a qual foi utilizada bancos de dados públicos providos da plataforma GEO, demonstrou genes super e sub-expressos. De acordo com a subseção de genes diferencialmente expressos entre cada banco de dados foi observado o total de 44 genes em comum, os quais foram comparados com genes dispostos na literatura. Destes, nenhum foi identificado concomitantemente quando comparado com os genes da análise. Também foi analisada a interação proteína-proteína, bem como a funcionalidade molecular e biológica, dos genes diferencialmente expressos e dos genes da literatura pela ferramenta e base de dados STRING. Dessa forma, foi comparado as vias e processos biológicos das duas redes com os processos e vias da privação de sono retirados da literatura. Encontrou-se processos em comum como, apoptose, regulação glicolítica e mecanismos epigenéticos, pela parte dos genes analisados, e, pela parte dos genes buscados na literatura, mecanismos de apoptose, resposta imune por regulação de interleucinas, regulação sináptica e vesicular, mecanismos de organização citoesquelética e processos glicolíticos. Dessa forma, foi encontrado uma associação funcional com a privação de sono por genes centrais já descritos na literatura quando comparados com os genes analisados por expressão diferencial realizado no estudo, porém não foi encontrada uma associação genética. Assim, conclui-se que através das análises e resultados do referido estudo não foi encontrada uma relação gênica definitiva entre a privação de sono e a doença de Alzheimer, apesar de encontrar processos biológicos associativos. Portanto, é necessário estudos posteriores para analisar a co-expressão de genes envolvidos na doença de Alzheimer e privação de sono. |
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