Abstract:
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O Diabetes Mellitus é uma das principais doenças crônicas não transmissíveis
(DCNT), e dadas a sua alta prevalência e morbimortalidade se configura como um
importante problema de saúde pública. Entre as opções de tratamento disponíveis,
as insulinas, exigem o monitoramento frequente, não só para a avaliação da
resposta terapêutica como também para a segurança dos tratamentos. Assim, o
presente trabalho teve como intuito elucidar as dificuldades encontradas no
automonitoramento da glicemia pelos pacientes insulinodependentes. Trata-se de
um estudo transversal descritivo de abordagem qualitativa. A coleta de dados foi
realizada por meio de entrevistas semiestruturadas sobre a temática, com pacientes
que recebem terapia insulínica e/ou insumos por via judicial na Farmácia Escola –
UFSC, e que aceitaram participar da pesquisa. O questionário proposto foi baseado
em outro já disponível na literatura, o qual foi adaptado considerando algumas
particularidades, como as características da população em estudo. Os resultados
apontaram algumas dificuldades, como dor durante a punção, esquecimento, falta
e/ou problemas com insumos, inconveniência no transporte do aparelho,
inconveniência em realizar a punção várias vezes ao dia, problemas com o aparelho,
dificuldade na manipulação do aparelho e altos custos dos sensores libre. Além da
falta de conhecimento sobre aspectos associados ao automonitoramento da
glicemia. Estes podem interferir na adesão e impactar diretamente no tratamento.
Estudos como este podem ajudar no entendimento sobre as principais dificuldades
encontradas por esses pacientes, durante a sua rotina de monitoramento, para o
planejamento de medidas que possam facilitar este processo. A adesão ao
automonitoramento da glicemia é uma estratégia fundamental para o alcance de
bons resultados terapêuticos e para a qualidade de vida destes pacientes. |