Abstract:
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A cadeia leiteira nacional contribui de maneira significativa para a economia brasileira. Em 2021 atingiu a produção de 35.30 bilhões de litros de leite e atualmente ocupa o terceiro lugar como maior produtor no cenário mundial. Diante da dimensão produtiva da bovinocultura leiteira, um dos grandes desafios é a ocorrência da mastite contagiosa, desencadeada pelo Staphylococcus aureus. Tal bactéria causa uma infecção branda na glândula mamária, podendo se manifestar de maneira subclínica ou clínica diminuindo a qualidade do leite. A implementação de tratamentos efetivos é dificultada devido à alta patogenicidade e índices elevados de resistência apresentados por esta bactéria. Não sendo recomendado o tratamento clínico deste agente, portanto um diagnóstico laboratorial assertivo é fundamental para o direcionamento do veterinário a campo. Deste modo, o objetivo do presente estudo é avaliar se as metodologias padrões utilizadas para a identificação do Staphylococcus aureus são confiáveis e aplicáveis a uma rotina diagnóstica, avaliando as provas bioquímicas: Teste da coagulase, teste da polimycina B, fermentação de manitol, utilização dos açúcares tralose e maltose, avaliação da enzima ONPG e avaliação do VM/VP com a confirmação das espécies através de sequenciamento genético, pela técnica de PCR rDNA 16S. A maioria dos isolados de S. aureus seguiu o mesmo padrão de resultados e mesmo com alguns isolados demonstraram resultados divergentes, foi possível caracterizar fortemente isolados de Staphylococcus sp. como S. aures associando resultados de produção de hemólise completa, resultado positivo nas provas de mannitol salt ágar (MAS) e teste da coagulase. Os resultados se demonstraram satisfatórios para a identificação do agente, podendo contribuir de maneira significativa para o direcionamento de protocolos terapêuticos e classificação do rebanho, além de direcionar as medidas de prevenção da mastite bovina. |