Abstract:
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O presente trabalho tem como objeto de análise a não-binariedade, entendida aqui, não apenas como um termo guarda-chuva que abrange identidades de gênero marginais e desobedientes, mas como possibilidade de existência que foge ao binarismo. Analisa, assim, a não-binariedade como processos de subjetivação articulados ao debate político da colonialidade de gênero. Para tanto, foi realizada uma etnografia digital e documental em páginas na internet e publicações em redes sociais que mobilizam o debate público sobre a categoria da não-binariedade. Por meio do diálogo com referencial teórico-conceitual de autories, principalmente LGBTQIAPN+ e do sul global, conclui-se que a noção ocidental de gênero é uma imposição colonial que cerceia as possibilidades de existência restritas ao binarismo e investe-se na não-binariedade como uma alternativa decolonial e desobediente de gênero a esta imposição. |