Abstract:
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O objetivo deste trabalho é investigar a ocorrência de casos de extorsão à comunidade
boliviana na feirinha da madrugada do Brás em São Paulo. Diante disso, o problema
de pesquisa se encontra na pergunta: “imigrantes bolivianos que trabalham na feirinha
da madrugada do Brás, podem ser mais suscetíveis a serem vítimas de extorsão? ”
Tem-se como hipótese que, o estigma atrelado ao contexto de informalidade do
trabalho na feirinha da madrugada são fatores que influência diretamente a que
imigrantes bolivianos sejam mais suscetíveis a serem vítimas de extorsão. Para
desenvolver a investigação, utiliza-se do método qualitativo, partindo de uma análise
indutiva, por meio de pesquisa bibliográfica, judicial e fontes de notícia com o fim de
explorar e analisar os dados contidos nesses materiais. O problema de pesquisa se
encontra na pergunta: os imigrantes bolivianos que trabalham na feirinha da
madrugada do Brás podem ser mais suscetíveis a serem vítimas de extorsão? Tem se como hipótese principal que o estigma de que os bolivianos pairam na
informalidade, atrelado ao contexto do sistema de funcionamento da feirinha da
madrugada, são fatores que influenciam diretamente a que os imigrantes bolivianos
sejam mais suscetíveis a serem vítimas de extorsão. O estigma, porque são tidos
como mais vulneráveis, seja porque não dominam o idioma, desconhecem a
legislação nacional, seja pelos estereótipos enraizados socialmente de que são
“mansos e indefesos”. A informalidade, porque por estarem em condições de
irregularidade documental, seja do trabalho desenvolvido na feirinha, sua estadia no
Brasil, seja porque não conseguiriam buscar ajuda ou fazer denúncias pelo medo de
sofrerem represálias das autoridades públicas. E, a feirinha da madrugada, porque
trabalhar nesse local representa o manejo de dinheiro em espécie e sem lastro
(advindo do contexto de informalidade do local), o que o faz desse território preterível
para crimes de extorsão. |