Abstract:
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A pesquisa epidemiológica sobre recém-nascidos macrossômicos permite conhecer o perfil e as complicações perinatais mais frequentes para promover melhorias no manejo e abordagens terapêuticas desses pacientes. Objetivos: Avaliar as características e a morbidade dos RN macrossômicos nascidos em uma maternidade pública de referência regional. Metodologia: Estudo observacional, transversal, utilizando dados secundários obtidos nos prontuários dos recém-nascidos a termo com peso ao nascer de 2.500g ou mais entre junho de 2020 e dezembro de 2021, dividindo-os em dois grupos: macrossômicos (peso nascimento > 4000g) e normossômicos (peso nascimento entre 2500g e 3999g). Utilizou-se para comparação entre os grupos o teste de Mann-Whitney para as variáveis contínuas e para as categóricas o qui-quadrado de Pearson e a estimativa de risco pela odds ratio com intervalo de confiança de 95%. Resultados: Foram incluídos 324 recém-nascidos macrossômicos e 324 recém-nascidos normossômicos. Registrou-se mais necessidade de reanimação neonatal em sala de parto, episódios de tocotraumatismo, distocia de ombro, hipoglicemia, desconforto respiratório e necessidade de internação em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal entre os macrossômicos. Apresentaram alteração no ecocardiograma 7 (2,16%) dos normossômicos e 23 (7,12%) dos macrossômicos, sendo a miocardiopatia hipertrófica a principal alteração relacionada à macrossomia fetal (n=12). Necessitaram mais de 3 dias de internação 72 (11,13%) dos macrossômicos e 34 (5,26%) dos normossômicos. Conclusão: Os recém-nascidos macrossômicos apresentaram mais necessidade de reanimação em sala de parto e de internação em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Entre os macrossômicos foi maior o risco de desconforto respiratório, hipoglicemia e alteração no ecocardiograma. Epidemiological research on macrosomic newborns allows us to understand the profile and most frequent perinatal complications to promote improvements in the management and therapeutic approaches of these patients. Objectives: To evaluate the characteristics and morbidity of macrosomic newborns born in a public regional reference maternity hospital. Methodology: Observational, cross-sectional study, using secondary date obtained from the medical records of full-term newborns with birth weight of 2.500g or more between June 2020 and December 2021, dividing them into two groups: macrosomic (birth weight > 4000g) and normosomic (birth weight between 2500g and 3999g). For comparison between groups, the Mann-Whitney test was used for continuous variables and Pearson's chi-square for categorical variables and risk estimation using the odds ratio with a 95% confidence interval. Results: 324 macrosomic and 324 normosomic newborns were included. There was a greater need for resuscitation in the delivery room, episodes of tocotrauma, shoulder dystocia, hypoglycemia, respiratory distress and the need for admission to the neonatal intensive care unit in macrosomic patients. Respiratory discomfort was the main cause of hospitalization, observed
in 47 (14.55%) macrosomic and 22 (6.79%) normosomic patients. 175 of the newborns (27.09%) presented hypoglycemia requiring intervention, being higher among macrosomics compared to normosomics. 7 (2.16%) of the normosomics and 23 (7.12%) of the macrosomics presented changes on the echocardiogram, with hypertrophic cardiomyopathy being the main change among the macrosomics (n=12). 72 (11.13%) of the macrosomics and 34 (5.26%) of the normosomics required more than 3 days of hospitalization. Conclusion: Macrosomic newborns had a greater need for resuscitation in the delivery room and hospitalization in the neonatal neonatal intensive care unit. Among macrosomic patients, the risk of respiratory distress, hypoglycemia and changes in the echocardiogram was higher.
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