Abstract:
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Introdução: a sífilis, infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum, apresenta considerável prevalência no ambiente prisional devido a fatores específicos desse contexto. O presente trabalho analisa retrospectivamente os casos de sífilis nas prisões de Santa Catarina entre 2020 e 2023, propondo estratégias de prevenção e controle adequadas para essa população.
Objetivos: analisar a prevalência da sífilis nas prisões do Estado de Santa Catarina, de 2020 a 2023, dissertar sobre estratégias de prevenção e controle da sífilis no ambiente prisional e, também, discorrer sobre as legislações brasileiras que garantam o direito à saúde na população privada de liberdade.
Métodos: foram coletados dados dos anos de 2020 a 2023 através do Sistema de Informação do Departamento Penitenciário Nacional (SISDEPEN). Além disso, realizou-se uma revisão da literatura de cinco artigos que tivessem como temática central a saúde da população carcerária e ISTs. Também, foi feita uma análise das legislações vigentes relativas aos direitos à saúde da população privada de liberdade.
Resultados: foi visto que a população masculina privada de liberdade apresenta um número maior de casos de sífilis. No ano de 2022 foi registrado o maior número de casos no estado de Santa Catarina, coincidindo com o maior número de pessoas em privação de liberdade nesse período. A diferença nos casos de sífilis entre os sexos pode ser atribuída ao maior número de homens na população carcerária e à maior prevalência de comportamentos de risco entre eles, como sexo sem camisinha. Esses dados ressaltam a necessidade de debater e implementar estratégias eficazes de prevenção e controle da sífilis no ambiente prisional.
Conclusão: é essencial o investimento em prevenção e controle da sífilis para garantir a saúde das pessoas privadas de liberdade, ampliando serviços de saúde e testagem de ISTs. |