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A concepção atual de Direitos Humanos considera o indivíduo em sua subjetividade, e tal aspecto foi, ao longo da história, juridicamente amparado. Nesse sentido, Antonio Candidomem seu ensaio “Direito à Literatura” explora como a dimensão literária é intrínseca a essa subjetividade, e imprescindível ao que denomina de processo humanizador do sujeito. Este artigo tem como objetivo analisar de que forma a literatura pode se inserir como um direito no âmbito da compreensão atualmente prevalecente acerca dos Direitos Humanos, partindo-se do processo de humanização descrito por Candido, e como esse processo é ilustrado no conto “Felicidade Clandestina” de Clarice Lispector. Assim, primeiramente estudar-se-á a atual concepção de Direitos Humanos, considerando a literatura como aspecto essencial para a formação e humanização dos indivíduos, em Candido. Após, analisar-se-á o conto de Lispector descritivamente, através da teoria literária, e interpretativamente, em relação aos conceitos de Candido, concluindo-se por como este conto ilustra o aspecto essencial humanizador da literatura. |