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A presente resenha objetiva refletir quanto ao filme Sympathy for Mr. Vengeance (2002), de modo a relacionar a existência da vingança —, justamente, como símbolo de resolução de litígios fora do quadro jurídico — em um panorama de hipermodernidade retratado na obra. Soma-se a isso a abordagem de Miroslav Milovic acerca da relação entre ética e direito, além do uso metafórico da figura da Hidra de Lerna que, conforme suas cabeças são decepadas, ocorre a regeneração e amplitude de sua força, o que se assemelha à ocorrência dos episódios atrozes de vingança, responsáveis por promover o questionamento referente à legitimidade do direito e à eficácia de garantias fundamentais frente a um enquadramento de forças do capital neoliberal, sendo este o inimigo difuso central do enfoque de Park Chan-Wook (diretor da trilogia da vingança que Sympathy for Mr. Vengeance integra). |