Morfologia do quadril e capacidade de produção de torque: implicações para a funcionalidade após artroscopia para impacto femoroacetabular

DSpace Repository

A- A A+

Morfologia do quadril e capacidade de produção de torque: implicações para a funcionalidade após artroscopia para impacto femoroacetabular

Show full item record

Title: Morfologia do quadril e capacidade de produção de torque: implicações para a funcionalidade após artroscopia para impacto femoroacetabular
Author: Neumann, Felipe
Abstract: Contexto: Este trabalho investigou fatores que influenciam a qualidade de vida e aspectos funcionais, como o torque muscular e o desempenho em gestos funcionais, em indivíduos submetidos à artroscopia para correção do impacto femoroacetabular. Especificamente, foram analisadas as possíveis influências da morfologia do quadril e da capacidade de produção de torque no desempenho no agachamento unipodal e na qualidade de vida de indivíduos desses indivíduos, além da influência da morfologia na capacidade de produção de torque do quadril. A investigação baseia-se na premissa, defendida na literatura, de que o desempenho no agachamento unipodal é um indicador relevante para a recuperação e a qualidade de vida nessa população. Assim, o objetivo geral deste estudo foi investigar a inter-relação entre a morfologia do quadril ? considerando os ângulos de versão femoral, versão acetabular, cervicodiafisário e o índice de McKibbin ?, a capacidade de produção de torque da musculatura do quadril, o desempenho no agachamento unipodal e a qualidade de vida quatro meses após a artroscopia para correção do impacto femoroacetabular. Métodos: Participaram do estudo 69 indivíduos, com idade entre 16 e 60 anos, submetidos à artroscopia para correção do impacto femoroacetabular. A versão femoral, a versão acetabular e o ângulo cervicodiafisário foram mensurados por tomografia computadorizada. Quatro meses após a cirurgia, foram avaliados o torque isocinético da musculatura do quadril, o desempenho no agachamento unipodal (por meio do ângulo de adução do quadril e da pontuação na escala Simpli-FAI) e a qualidade de vida (por meio do iHOT33). Foram utilizadas correlações de Pearson e Spearman para verificar associações entre variáveis, e o teste de Kruskal-Wallis para comparar a qualidade de vida e a capacidade de produção de torque entre categorias do índice de McKibbin. As seguintes hipóteses específicas foram testadas: (i) a morfologia do quadril está associada à funcionalidade de indivíduos submetidos à artroscopia para correção do impacto femoroacetabular; e (ii) capacidade de produção de torque do quadril está associada com o desempenho no agachamento unipodal nesses indivíduos. Resultados e discussão: A hipótese de que o torque muscular e a morfologia são determinantes do desempenho no agachamento unipodal após artroscopia para correção do impacto femoroacetabular não foi confirmada (p > 0,06), assim como a relação entre morfologia e qualidade de vida após o procedimento cirúrgico (p > 0,13). Também não foram obsevadas associações significativas entre os parâmetros morfológicos e a capacidade de produção de torque, exceto por uma associação positiva entre a versão femoral e o torque de rotação interna do quadril (p = 0,03; r = 0,35). Conclusão: A morfologia do quadril apresentou influência sobre a capacidade de produção de torque de rotação interna do quadril. Enquanto estudos prévios apontam para a capacidade de produção de torque muscular e o desempenho em gestos funcionais como determinantes da qualidade de vida após artroscopia, não foi encontrada uma influência da morfologia do quadril no desempenho no agachamento unipodal ou na qualidade vida de indivíduos submetidos à artroscopia para correção do impacto femoroacetabular neste estudo.Abstract: Background: This study investigated factors that influence quality of life and functional outcomes, such as hip muscle torque and performance in functional tasks, in individuals who underwent hip arthroscopy for femoroacetabular impingement (FAI). Specifically, we examined the potential influence of hip morphology and torque production capacity on single-leg squat performance and quality of life in this population, as well as the influence of morphology on hip torque production capacity. This investigation is based on the premise, supported by the literature, that single-leg squat performance is a relevant indicator of recovery and quality of life in individuals following hip arthroscopy. Therefore, the primary objective of this study was to explore the interrelationship between hip morphology ? including femoral version, acetabular version, neck-shaft angle, and the McKibbin index ? hip muscle torque production, single-leg squat performance, and quality of life four months after hip arthroscopic. Methods: Sixty-nine individuals aged 16 to 60 years who underwent hip arthroscopy participated in this study. Femoral version, acetabular version, and neck-shaft angle were assessed using computed tomography. Four months postoperatively, participants underwent assessments of hip isokinetic torque, single-leg squat performance (hip adduction angle and Simpli-FAI score), and quality of life (iHOT33). Pearson and Spearman correlation analyses were used to examine associations between variables, and the Kruskal?Wallis test was applied to compare quality of life and hip torque production across different McKibbin index categories. Two specific hypotheses were tested: (i) hip morphology is associated with functional outcomes in individuals following hip arthroscopy; and (ii) hip torque production capacity is associated with single-leg squat performance in this population. Results and Discussion: The hypothesis that hip muscle torque and morphology are determinants of single-leg squat performance following hip arthroscopy was not supported (p > 0.06), nor was the hypothesis of an association between hip morphology and quality of life after surgery (p > 0.13). Additionally, no significant associations were observed between morphological parameters and hip torque production capacity, except for a positive association between femoral version and internal rotation torque (p = 0.03; r = 0.35). Conclusion: Hip morphology influenced internal rotation torque production capacity. While previous studies have highlighted hip muscle torque capacity and functional task performance as determinants of quality of life following hip arthroscopy, this study did not find evidence that hip morphology influences single-leg squat performance or quality of life in individuals after hip arthroscopy.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2025.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/265506
Date: 2025


Files in this item

Files Size Format View
PGEF0700-D.pdf 1.366Mb PDF View/Open

This item appears in the following Collection(s)

Show full item record

Search DSpace


Advanced Search

Browse

My Account

Statistics

Compartilhar