Comparação das respostas fisiológicas e neuromusculares entre sessões de corrida intervalada com e sem inclinação: efeito do estado de treinamento

DSpace Repository

A- A A+

Comparação das respostas fisiológicas e neuromusculares entre sessões de corrida intervalada com e sem inclinação: efeito do estado de treinamento

Show full item record

Title: Comparação das respostas fisiológicas e neuromusculares entre sessões de corrida intervalada com e sem inclinação: efeito do estado de treinamento
Author: Mattos, Bruna Karam de
Abstract: Introdução: A corrida é uma prática esportiva que engloba tanto indivíduos em busca de alto desempenho quanto aqueles que a utilizam para promover a saúde. Dentre as estratégias de treinamento, a corrida em pode adotada por seu potencial em aprimorar a aptidão aeróbia, além de contribuir para o desenvolvimento da força e resistência muscular específica. Nesse contexto, o treinamento intervalado com inclinação destacase por possibilitar uma ampla variedade de combinações entre velocidade e grau de inclinação, permitindo a otimização dos estímulos fisiológicos e mecânicos para os corredores. Objetivo: comparar duas sessões de treinamento intervalado de corrida, com e sem inclinação, realizados na mesma intensidade relativa (i.e. potência aeróbia máxima) sobre as respostas fisiológicas (consumo de oxigênio - VO2, frequência cardíaca - FC, lactato sanguíneo) e o desempenho neuromuscular, em corredores treinados em subida e corredores recreacionais. Método: Participaram do estudo 12 corredores competitivos de endurance e 11 corredores recreacionais, do sexo masculino, que realizaram dois testes incrementais, sendo um horizontal com aumento de velocidade e outro com velocidade fixa e aumento de inclinação. Ambos os testes foram conduzidos até a exaustão voluntária e foram mensuradas as respostas cardiorrespiratórias, a fim de determinar a intensidade (velocidade ou inclinação) aeróbia máxima. A partir da velocidade ou inclinação máxima obtidas nos testes foram realizadas duas sessões de treinamento intervalado, realizados randomicamente, compostas por 10 repetições de 1 minuto na intensidade correspondente à velocidade ou inclinação aeróbia máxima, e recuperação passiva de 1 minuto entre cada repetição. Durante cada sessão foram mensuradas continuamente as respostas de VO2, e FC. Antes da sessão, após a terceira e sexta repetições, e imediatamente após o término da sessão foi realizado um teste de salto vertical com contra movimento (CMJ) a fim de obter o desempenho neuromuscular. Resultados: No grupo de corredores, a exaustão no teste incremental ocorreu a 17,5?1,0 km/h para a corrida sem inclinação, e 17,0?1,7 % de inclinação para a corrida em subida. Foi observada diferença entre o VO2pico (58,0?5,6 e 59,4?6,1 ml/kg/min, respectivamente para as corridas sem e com inclinação), enquanto a FCpico foi significantemente menor (176?11 bpm; p<0,001) para a corrida com inclinação, em comparação com a corrida no plano (182?9 bpm). Para o grupo de corredores recreacionais a exaustão ocorreu a 14,9?0.95 km/h para a corrida sem inclinação, e 15,8?1,3 % de inclinação para a corrida em subida. Assim como para o grupo de corredores também foi observada diferença entre o VO2pico (52,4?5,2 e 54,4?5,3 ml/kg/min, respectivamente para as corridas sem e com inclinação). A FCpico também mostrou ser significativamente menor (187,1?9 bpm; p<0,001) para a corrida com inclinação, em comparação com a corrida no plano (195,2?8,3 bpm). Para a sessão intervalada dos grupo de corredores treinados observou-se diferenças para o VO2 (52,5 ? 6,5 e 54,7 ? 6,7 ml/kg/min) tendo as sessões de inclinação com maiores valores, e FC significantemente menor para a corrida com inclinação (157 ? 9 vs. 163 ? 10 bpm). Na sessão intervalada para o grupo de corredores recreacionais os valores médios das 10 repetições não houve diferença significativa para VO2 (46,6 ? 5,4 e 45,4 ? 3,8 ml/kg/min com e sem inclinação respectivamente) e a sessão com corrida na horizontal apontou maiores valores para FC (166,2 ± 6,7 e 162.6 ± 8,9 com e sem inclinação respectivamente) Por fim, o desempenho do salto vertical no grupo de corredores treinados indicou aumento da altura após a 6ª e 10ª repetição (comparado com o valor pré) do intervalado na velocidade aeróbia máxima, enquanto para o intervalado de subida foi encontrada redução do desempenho após a 3ª repetição e manutenção na parte final da sessão. Para o grupo de corredores recreacionais não houve diferença entre a altura dos saltos dentro dos testes, somente a diferença de desempenho entre o intervalado horizontal vs. inclinado. Conclusão: para ambos os grupos - corredores treinados e corredores recreacionais - a sessão de corrida intervalada na inclinação aeróbia máxima induz menor resposta cardíaca, quando comparado com a sessão de corrida intervalada na velocidade aeróbia máxima; quando comparadas as respostas fisiológicas entre os grupos, o consumo de oxigênio mostrou-se maior no grupo de corredores treinados . Além disto, os dados indicam que fadiga neuromuscular parece se diferenciar entre as duas sessões de treinamento, sugerindo que a sessão intervalada em subida induz maior fadiga aguda.Abstract: Introduction: Running is a practice that encompasses both individuals seeking high performance and those who engage in it to promote health. Among training strategies, uphill running can be adopted for its potential to improve aerobic fitness, in addition to contributing to the development of strength and specific muscular endurance. In this context, interval training with inclination stands out for enabling a wide variety of combinations between running speed and incline degree, allowing for the optimization of physiological and mechanical stimuli for runners. Objective: This study aimed to compare two interval running training sessions, with and without inclination, performed at the same relative intensity (i.e., maximal aerobic power) on physiological responses (oxygen consumption - VO2, heart rate - HR, blood lactate) and neuromuscular performance in trained uphill runners and recreational runners. Methods: A total of 12 competitive endurance runners and 11 recreational male runners participated in the study. They performed two incremental tests: one on a level treadmill with speed increments and another with a fixed speed and increasing inclination. Both tests were conducted until voluntary exhaustion, with cardiorespiratory responses measured to determine the maximal aerobic intensity (speed or inclination). Based on the maximal speed or inclination obtained in the tests, two randomized interval training sessions were performed, each consisting of 10 repetitions of 1 minute at the intensity corresponding to the maximal aerobic speed or inclination, with 1 minute of passive recovery between repetitions. VO2 and HR responses were continuously measured during each session. Additionally, a countermovement jump (CMJ) test was conducted before the session, after the third and sixth repetitions, and immediately after completion to assess neuromuscular performance. Results: In the trained runners group, exhaustion during the incremental test occurred at 17.5 ± 1.0 km/h during level running and at 17.0 ± 1.7% incline during uphill running. Significant difference was observed in VO2peak between conditions (58.0 ± 5.6 vs. 59.4 ± 6.1 ml/kg/min for level and uphill running, respectively). However, peak heart rate (HRpeak) was significantly lower during uphill running compared to level running (176 ± 11 vs. 182 ± 9 bpm; p < 0.001). Among recreational runners, exhaustion occurred at 14.9 ± 0.95 km/h during level running and at 15.8 ± 1.3% incline during uphill running. VO2peak was also significantly different between conditions (52.4 ± 5.2 vs. 54.4 ± 5.3 ml/kg/min for level and uphill, respectively), and HRpeak was significantly lower during uphill running (187.1 ± 9 vs. 195.2 ± 8.3 bpm; p < 0.001). During the interval session in trained runners, VO2 was significantly higher in the uphill condition (54.7 ± 6.7 vs. 52.5 ± 6.5 ml/kg/min), while HR was significantly lower (157 ± 9 vs. 163 ± 10 bpm) compared to the level condition. In recreational runners, no significant difference in VO2 was observed between conditions (46.6 ± 5.4 vs. 45.4 ± 3.8 ml/kg/min for uphill and level running, respectively). However, HR was significantly higher during level running (166.2 ± 6.7 vs. 162.6 ± 8.9 bpm). Vertical jump performance in trained runners increased after the 6th and 10th repetitions during the level interval session, compared to baseline. In contrast, the uphill interval session resulted in decreased performance after the 3rd repetition, with values stabilizing in the final repetitions. No significant intra-session differences in jump height were observed in recreational runners; however, performance was lower in the uphill condition compared to the level condition. Conclusion: Uphill interval running at maximal aerobic incline elicited a lower cardiovascular response compared to level interval running at maximal aerobic speed in both trained and recreational runners. Trained runners demonstrated higher oxygen consumption across conditions, highlighting greater aerobic capacity. Additionally, neuromuscular fatigue responses differed between training modalities, with uphill intervals inducing greater acute fatigue, particularly in trained individuals.
Description: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2025.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/265524
Date: 2025


Files in this item

Files Size Format View
PGEF0695-D.pdf 2.183Mb PDF View/Open

This item appears in the following Collection(s)

Show full item record

Search DSpace


Advanced Search

Browse

My Account

Statistics

Compartilhar