Efeito antinociceptivo das folhas de Eugenia brasiliensis no modelo de osteoartrite induzida por monoiodoacetato em camundongos

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Efeito antinociceptivo das folhas de Eugenia brasiliensis no modelo de osteoartrite induzida por monoiodoacetato em camundongos

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.advisor Silva, Morgana Duarte da
dc.contributor.author Ferreira, Jeane Bachi
dc.date.accessioned 2025-06-09T23:26:50Z
dc.date.available 2025-06-09T23:26:50Z
dc.date.issued 2025
dc.identifier.other 392226
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/265603
dc.description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2025.
dc.description.abstract INTRODUÇÃO: A osteoartrite (OA) é uma doença de caráter inflamatório que causa a degradação progressiva das articulações e dor crônica. Os tratamentos empregados têm foco no alívio dos sintomas, porém são insuficientes e trazem uma gama de efeitos adversos. Desse modo, é imprescindível a busca por novas abordagens terapêuticas, que garantam a segurança e a eficácia no tratamento, assim melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Nesse cenário, as plantas medicinais têm ganhado bastante visibilidade, especialmente por seu baixo custo e facilidade de acesso. A espécie Eugenia brasiliensis é uma planta medicinal utilizada em uma série de condições na medicina popular, como anti-inflamatória e diurética, além dos seus frutos serem consumidos na alimentação. Estudos realizados em animais têm demonstrado que suas folhas possuem atividade anti-inflamatória e antinociceptiva, assim fornecendo indícios de que ela pode atuar na OA considerando o caráter da doença. OBJETIVOS: Investigar o efeito do extrato hidroalcóolico das folhas de Eugenia brasiliensis (EHEb) na resposta sensorial, emocional e inflamatória no modelo de osteoartrite induzida por monoiodoacetato (MIA) em camundongos. MÉTODOS: Os animais foram tratados com água destilada (veículo), diclofenaco (10 mg/kg) ou EHEb (30, 100 e 300 mg/kg). Foram avaliados a hiperalgesia mecânica e térmica (teste de von Frey e acetona), locomoção (teste do campo aberto) e comportamentos tipo-depressivo (teste de suspensão pela cauda, borrifagem de sacarose e ninho) e tipo-ansioso (tempo de permanência no centro do campo aberto) ao longo de 15 dias após a indução do modelo. Após o término dos experimentos os animais foram eutanasiados e foram coletados o hipocampo e o córtex pré-frontal para avaliação da concentração de citocinas fator de necrose tumoral a e interleucina 1ß (TNF-a e IL1ß) e o fator neurotrófico derivado do encéfalo (BDNF). RESULTADOS: Os dados mostraram que o EHEb é capaz de reduzir a hiperalgesia mecânica de forma aguda com efeito de até 3 horas (30 e 300 mg/kg) e prolongada, onde foi possível observar um efeito de 48 horas após o tratamento para a dose de 300 mg/kg. O efeito cumulativo (para a dose de 300 mg/kg) pode ser observado após 4 tratamentos consecutivos com o EHEb. O presente modelo de OA não foi capaz de induzir comportamentos tipo-depressivo (aumento da imobilidade no teste de suspensão pela cauda e diminuição do tempo de autolimpeza no teste de borrifagem de sacarose) e tipo ansioso (aumento do tempo de permanência no centro do aparato do campo aberto) além de não alterar as concentrações de citocinas inflamatórias (TNF-a e IL-1ß) e BDNF no córtex pré-frontal e hipocampo dos camundongos. CONCLUSÃO: O tratamento com EHEb foi capaz de reverter a hiperalgesia mecânica induzida pelo MIA de forma aguda e prolongada (até 48h). O modelo de OA não foi capaz de induzir comportamentos tipo-depressivo e tipo-ansioso que estão associados à doença em humanos.
dc.description.abstract Abstract: INTRODUCTION: Osteoarthritis (OA) is an inflammatory disease that causes progressive joint degradation and chronic pain. Current treatments focus on symptom relief but are insufficient and often come with a range of adverse effects. Therefore, it is essential to explore new therapeutic approaches that ensure safety and efficacy, thereby improving patients' quality of life. In this context, medicinal plants have gained significant attention, particularly due to their low cost and accessibility. The species Eugenia brasiliensis is a medicinal plant used in traditional medicine for various conditions, such as inflammation and as a diuretic, and its fruits are also consumed as food. Studies in animals have shown that its leaves possess anti-inflammatory and antinociceptive properties, suggesting potential benefits for OA, given the disease's inflammatory nature. OBJECTIVES: To investigate the effects of the hydroalcoholic extract of Eugenia brasiliensis leaves (HEEb) on sensory, emotional, and inflammatory responses in a monoidoacetate (MIA)-induced osteoarthritis model in mice. METHODS: Animals were treated with distilled water (vehicle), diclofenac (10 mg/kg), or EHEb (30, 100, and 300 mg/kg). Mechanical and thermal hyperalgesia (von Frey and acetone tests), locomotion (open field test), and depression-like (tail suspension test, sucrose splash test, and nest building) and anxiety-like behaviors (time spent in the center of the open field) were evaluated over 15 days after model induction. After the experiments, the animals were euthanized, and the hippocampus and prefrontal cortex were collected to assess cytokine levels tumor necrosis fator a and interleukin 1ß (TNFa and IL-1ß) and brain-derived neurotrophic factor (BDNF). RESULTS: The data showed that EHEb reduced mechanical hyperalgesia acutely, with effects lasting up to 3 hours (30 and 300 mg/kg), and prolonged effects, with a 48-hour reduction observed for the 300 mg/kg dose. A cumulative effect (for the 300 mg/kg dose) was observed after four consecutive treatments with EHEb. The OA model did not induce depression-like behaviors (increased immobility in the tail suspension test and reduced grooming time in the sucrose splash test) or anxiety-like behaviors (increased time spent in the center of the open field apparatus). Additionally, the model did not alter inflammatory cytokine levels (TNF-a and IL-1ß) or BDNF levels in the prefrontal cortex and hippocampus of the mice. CONCLUSION: Treatment with EHEb reversed MIA-induced mechanical hyperalgesia both acutely and over a prolonged period (up to 48 hours). The OA model did not induce depression-like or anxiety-like behaviors, which are commonly associated with the disease in humans. en
dc.format.extent 58 p.| il., gráfs.
dc.language.iso por
dc.subject.classification Neurociências
dc.subject.classification Osteoartrite
dc.subject.classification Plantas medicinais
dc.subject.classification Grumixama
dc.title Efeito antinociceptivo das folhas de Eugenia brasiliensis no modelo de osteoartrite induzida por monoiodoacetato em camundongos
dc.type Dissertação (Mestrado)
dc.contributor.advisor-co Kraus, Scheila Iria


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