As semânticas históricas de Raça no PPGH-UFSC (2003-2024)

DSpace Repository

A- A A+

As semânticas históricas de Raça no PPGH-UFSC (2003-2024)

Show simple item record

dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina. pt_BR
dc.contributor.advisor Bonaldo, Rodrigo Bragio
dc.contributor.author Borsatti, Mateus Freitas
dc.date.accessioned 2025-07-10T19:54:26Z
dc.date.available 2025-07-10T19:54:26Z
dc.date.issued 2025-07-02
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/266211
dc.description TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, História. pt_BR
dc.description.abstract A presente pesquisa investiga as semânticas históricas do conceito de "raça" no Programa de Pós-Graduação em História da UFSC (PPGH-UFSC), refletindo sobre sua função como tecnologia social e prótese retórica capaz de construir categorias ontológicas. Para tanto, emprega uma metodologia híbrida, que combina a História dos Conceitos com ferramentas de Processamento de Linguagem Natural, especificamente a vetorização semântica, através do modelo WOKE-HST. A análise do Léxico I (2003-2010) revela que a semântica de "raça" estava profundamente enraizada nos paradigmas político-sócio-científicos do final do século XIX e início do XX. Em contraste, o Léxico II (2020-2024) demonstra uma significativa mudança de sentido, aproximando "raça" de debates identitários que transcendem a esfera da nacionalidade. Há um notável acirramento do uso político de identidades raciais na nomeação de diversas injustiças sociais, conectando-o a vetores como branquitude, gênero, interseccionalidade e colonialidade. Essa transição reflete uma crescente preocupação com a denúncia de assimetrias, opressões e desigualdades, com a interseccionalidade emergindo como um pressuposto teórico central que articula raça, gênero e classe como domínios interligados da experiência. Autoras como Lélia González e Angela Davis tornam-se figuras fundamentais para essa nova perspectiva. Essa profunda mudança semântica é atribuída a uma conjunção de fatores, incluindo a alteração da área de concentração do PPGH-UFSC para História Global, o aumento no acesso ao ensino superior por populações marginalizadas impulsionado por políticas de ações afirmativas, e a influência da quebra de paradigmas nas ciências com a popularização do pós-humanismo e do paradigma ecológico. Portanto, a pesquisa conclui que o uso protético e retórico de "raça" permanece enquanto uma tecnologia ontológica, mas sua mobilização se deslocou de um foco determinista e nacionalista para um engajamento crítico com identidades especializadas, assimetrizadas e fragmentadas, informando uma possível abertura de horizonte de expectaticas ontológicas pt_BR
dc.description.abstract This research investigates the historical semantics of the concept of "race" within the Graduate Program in History at UFSC (PPGH-UFSC), reflecting on its role as a social technology and rhetorical prosthesis capable of constructing ontological categories. To this end, it employs a hybrid methodology that combines Conceptual History with Natural Language Processing tools, specifically semantic vectorization through the WOKE-HST model.The analysis of Lexicon I (2003–2010) reveals that the semantics of "race" were deeply rooted in the socio-political-scientific paradigms of the late 19th and early 20th centuries. In contrast, Lexicon II (2020–2024) demonstrates a significant shift in meaning, aligning "race" with identity debates that transcend the sphere of nationality. There is a notable intensification in the political use of racial identities to name various social injustices, connecting them to vectors such as whiteness, gender, intersectionality, and coloniality. This transition reflects a growing concern with denouncing asymmetries, oppressions, and inequalities, with intersectionality emerging as a central theoretical premise that articulates race, gender, and class as interconnected domains of experience. Authors such as Lélia González and Angela Davis become fundamental figures in this new perspective.This profound semantic shift is attributed to a conjunction of factors, including the change in PPGH-UFSC’s area of concentration to Global History, the expansion of access to higher education for marginalized populations driven by affirmative action policies, and the influence of paradigm shifts in the sciences through the popularization of posthumanism and the ecological paradigm. Therefore, the research concludes that the prosthetic and rhetorical use of "race" persists as an ontological technology, but its mobilization has shifted from a deterministic and nationalist focus to a critical engagement with specialized, asymmetrical, and fragmented identities, informing a possible opening of the ontological horizon of expectations. pt_BR
dc.language.iso por pt_BR
dc.publisher Florianópolis, SC. pt_BR
dc.rights Open Access. en
dc.subject Raça pt_BR
dc.subject História dos Conceitos pt_BR
dc.subject História Digital pt_BR
dc.subject Incorporação de Palavras pt_BR
dc.subject Vetorização Semântica pt_BR
dc.title As semânticas históricas de Raça no PPGH-UFSC (2003-2024) pt_BR
dc.type TCCgrad pt_BR


Files in this item

Files Size Format View
TCC_Mateus_Borsatti.pdf 4.117Mb PDF View/Open

This item appears in the following Collection(s)

Show simple item record

Search DSpace


Advanced Search

Browse

My Account

Statistics

Compartilhar