Complexidade Econômica e Desenvolvimento Sustentável na Amazônia: Um estudo sobre a dinâmica de startups da bioeconomia

Abstract

A transição verde das economias tornou-se imperativa diante do atual cenário de mudanças climáticas. Detentor da maior biodiversidade do mundo, o Brasil encontra na bioeconomia uma oportunidade estratégica para assumir protagonismo nesse processo. Para tanto, é necessário elevar sua complexidade econômica, adotando uma estrutura produtiva mais sofisticada em termos de conexões de conhecimento, tecnologia e sustentabilidade. Este trabalho investiga como aproveitar o rico know-how da floresta para desenvolver negócios de impacto inovadores que ofereçam soluções para os problemas ambientais enfrentados globalmente, impulsionando a economia da floresta em pé e promovendo, simultaneamente, o aumento da complexidade regional. Com base na teoria da complexidade econômica, adota-se uma abordagem mista, que combina métodos qualitativos e quantitativos, com o objetivo de propor uma nova estrutura conceitual para a avaliação de negócios de impacto, com foco em benefícios de longo prazo para a diversificação produtiva e para a geração de valor agregado. Os resultados sugerem que é possível alinhar o aumento da complexidade econômica à preservação ambiental por meio das startups da bioeconomia, sendo que 84% dos casos analisados demonstraram contribuição positiva nesse sentido. O modelo proposto também se mostra uma ferramenta útil para a identificação estratégica de negócios com alto potencial de impacto transformador no território amazônico.

The green transition of economies has become imperative in the current context of climate change. Home to the world's greatest biodiversity, Brazil sees in the bioeconomy a strategic opportunity to assume a leading role in this process. Achieving this requires increasing its economic complexity by adopting a more sophisticated productive structure in terms of knowledge, technology, and sustainability. This study investigates how to leverage the forest’s rich know-how to develop innovative impact-driven businesses that offer solutions to global environmental challenges, foster a standing forest economy, and enhance regional complexity. Grounded in the theory of economic complexity, this research adopts a mixed-methods approach—combining qualitative and quantitative techniques—with the objective of proposing a new conceptual framework for evaluating impact businesses, focusing on their long-term contributions to productive diversification and value-added generation. The findings suggest that aligning increased economic complexity with environmental preservation is possible through bioeconomy startups, with 84% of the analyzed cases demonstrating a positive contribution in this regard. The proposed model also proves to be a useful tool for strategically identifying businesses with high transformative impact potential in the Amazon region.