Energia como instrumento de poder: as sanções econômicas impostas à Rússia em função da guerra contra a Ucrânia e seus impactos na economia alemã

DSpace Repository

A- A A+

Energia como instrumento de poder: as sanções econômicas impostas à Rússia em função da guerra contra a Ucrânia e seus impactos na economia alemã

Show simple item record

dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina. pt_BR
dc.contributor.advisor Dalgaard, Klaus Guimarães
dc.contributor.author Cunha, Aline Penélope
dc.date.accessioned 2025-07-15T22:34:22Z
dc.date.available 2025-07-15T22:34:22Z
dc.date.issued 2025-07-03
dc.identifier.uri https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/266596
dc.description TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Socioeconômico, Relações Internacionais. pt_BR
dc.description.abstract A guerra na Ucrânia marcou uma ruptura significativa nas relações entre Alemanha e Rússia, com impactos diretos sobre a política energética e econômica alemã. A adoção de sanções pela Alemanha, além de expressar um posicionamento político firme, gerou efeitos econômicos substanciais para o próprio país e para o bloco europeu como um todo. Este evento evidenciou os riscos associados à dependência concentrada de fontes externas de energia e levantou questionamentos sobre os impactos dessas sanções não apenas sobre os países-alvo, mas também sobre os Estados sancionadores. O trabalho tem como objetivo analisar os efeitos econômicos da interrupção no fornecimento de gás russo sobre a economia alemã, destacando os custos e desafios enfrentados por um país sancionador em um contexto de interdependência assimétrica. Adotou-se uma abordagem qualitativa com suporte de análise empírica descritiva, baseada em dados secundários oficiais (Eurostat, IEA, Destatis) no período de 2000 a 2024. Foram examinados indicadores como inflação, PIB, produção industrial, preços do gás, gastos públicos e composição da matriz energética, à luz dos conceitos de interdependência complexa (Keohane e Nye, 1977) e energy statecraft (Stulberg, 2007; Goldthau e Witte, 2010). Os dados sugerem que a dependência energética alemã representava uma vulnerabilidade estratégica politicamente negligenciada. Após 2022, registraram-se choques inflacionários acentuados, ampliação de gastos públicos voltados à contenção da crise e retração pontual em setores industriais intensivos em energia. A atuação estatal contribuiu para a sustentação do crescimento econômico agregado, enquanto a agenda de transição energética foi politicamente acelerada. Conclui-se que, em contextos de interdependência assimétrica, a energia pode ser instrumentalizada como mecanismo indireto de coerção geopolítica. O caso alemão evidencia os custos internos das sanções para os países que as impõem e aponta para a necessidade de revisão das estratégias de segurança e governança energética na Europa. pt_BR
dc.description.abstract The war in Ukraine marked a significant rupture in the relations between Germany and Russia, with direct impacts on Germany’s energy and economic policies. Germany’s adoption of sanctions, in addition to representing a firm political stance, generated substantial economic effects for the country itself and for the broader European bloc. This event highlighted the risks associated with concentrated dependence on external energy sources and raised critical questions about the impacts of such sanctions not only on targeted states but also on the sanctioning countries. This study aims to analyze the economic effects of the disruption in Russian gas supply on the German economy, emphasizing the costs and challenges faced by a sanctioning country in a context of asymmetric interdependence. A qualitative approach was employed, supported by descriptive empirical analysis based on official secondary data (Eurostat, IEA, Destatis) for the period 2000 to 2024. Indicators such as inflation, GDP, industrial production, gas prices, public expenditures, and energy matrix composition were examined in light of the concepts of complex interdependence (Keohane and Nye, 1977) and energy statecraft (Stulberg, 2007; Goldthau and Witte, 2010). The findings suggest that Germany’s energy dependence represented a politically neglected strategic vulnerability. Following 2022, sharp inflationary shocks were observed, along with increased public spending to contain the crisis and temporary contractions in energy-intensive industrial sectors. Government intervention contributed to sustaining aggregate economic growth, while the energy transition agenda was politically accelerated. The study concludes that, in contexts of asymmetric interdependence, energy can be instrumentalized as an indirect mechanism of geopolitical coercion. The German case highlights the internal costs of sanctions for the countries that impose them and underscores the need to revise energy security and governance strategies in Europe. pt_BR
dc.format.extent 95 pt_BR
dc.language.iso por pt_BR
dc.publisher Florianópolis, SC. pt_BR
dc.rights Open Access. en
dc.subject Energia pt_BR
dc.subject Sanções econômicas pt_BR
dc.subject Alemanha pt_BR
dc.subject Rússia pt_BR
dc.subject Interdependência pt_BR
dc.title Energia como instrumento de poder: as sanções econômicas impostas à Rússia em função da guerra contra a Ucrânia e seus impactos na economia alemã pt_BR
dc.type TCCgrad pt_BR


Files in this item

Files Size Format View
ALINE CUNHA - E ... mento de poder (1) (1).pdf 1.926Mb PDF View/Open

This item appears in the following Collection(s)

Show simple item record

Search DSpace


Advanced Search

Browse

My Account

Statistics

Compartilhar