dc.contributor |
Universidade Federal de Santa Catarina. |
pt_BR |
dc.contributor.advisor |
Paim, Elison Antonio |
|
dc.contributor.author |
Lima, Sara de Sousa |
|
dc.date.accessioned |
2025-07-17T17:10:22Z |
|
dc.date.available |
2025-07-17T17:10:22Z |
|
dc.date.issued |
2025-06-30 |
|
dc.identifier.uri |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/266701 |
|
dc.description |
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, História. |
pt_BR |
dc.description.abstract |
Este trabalho investiga os impactos da Resolução Normativa nº 145/2020/CUn na
consolidação das ações afirmativas na pós-graduação da Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC), com foco nos programas de Antropologia Social e História,
ambos vinculados ao Centro de Filosofia e Ciências Humanas e pioneiros na adoção
de cotas. A pesquisa busca responder: quais mudanças ocorreram nas formas de
ingresso e permanência de estudantes cotistas após a Resolução? Quais os
públicos-alvo contemplados? E como os programas operaram diante da normativa?
Para isso, foram analisados editais de seleção — dois anteriores e dois posteriores à
Resolução — bem como atas de reuniões, registros do Conselho Universitário e
comunicados institucionais, selecionados por sua relevância na formulação,
implementação e regulação das ações afirmativas. A análise documental, de
natureza qualitativa, foi guiada por uma leitura crítica dos discursos institucionais,
tendo como referencial teórico autoras e autores como Sueli Carneiro, Nilma Lino
Gomes, Silvio Almeida, Petronilha Beatriz Gonçalves e Nancy Fraser, em diálogo
com os debates sobre racismo estrutural, epistemicídio e justiça redistributiva. O
estudo demonstra que a Resolução 145/2020 representa um marco institucional ao
transformar as cotas em princípio, garantindo percentuais mínimos de vagas e
bolsas para estudantes de grupos historicamente marginalizados. Contudo, também
evidencia contradições relevantes: o descumprimento de dispositivos como a
reserva de 28% das bolsas de estudo e a exigência de bancas de
heteroidentificação, além da ausência de políticas efetivas de permanência e da
manutenção de critérios meritocráticos nos processos seletivos. Ao comparar os
editais anteriores e posteriores à Resolução, a pesquisa revela não apenas avanços,
mas também retrocessos e resistências institucionais que comprometem a
efetividade das ações afirmativas. Este trabalho contribui para os debates sobre
democratização do acesso, pluralidade epistemológica e o papel político dos sujeitos
subalternizados na reconfiguração do espaço acadêmico. Em última instância,
reforça que a luta por ações afirmativas não se encerra com sua regulamentação:
ela é permanente, tensa, viva — e profundamente transformadora. |
pt_BR |
dc.description.abstract |
This study investigates the impacts of Normative Resolution number 145/2020 on the
consolidation of affirmative action in graduate programs at the Federal University of
Santa Catarina (UFSC), focusing on the Social Anthropology and History programs,
both linked to the Center for Philosophy and Human Sciences and pioneers in
adopting quotas. The research seeks to answer: What changes occurred in the
admission and permanence of affirmative action students after the Resolution?
Which target groups were included? And how did the programs operate under the
new regulations? To do so, selection notices—two before and two after the
Resolution—were analyzed, along with meeting minutes, records from the University
Council, and institutional communications, selected for their relevance in shaping,
implementing, and regulating affirmative action policies. The qualitative document
analysis was guided by a critical reading of institutional discourses, drawing on
theoretical frameworks from scholars such as Sueli Carneiro, Nilma Lino Gomes,
Silvio Almeida, Petronilha Beatriz Gonçalves, and Nancy Fraser, in dialogue with
debates on structural racism, epistemicide, and redistributive justice. The study
demonstrates that Resolution number 145/2020 represents an institutional milestone
by transforming affirmative actions into a principle, guaranteeing minimum
percentages of spots and scholarships for students from historically marginalized
groups. However, it also reveals significant contradictions: non-compliance with
provisions such as reserving 28% of scholarships and requiring hetero-identification
committees, as well as the absence of effective retention policies and the persistence
of meritocratic criteria in selection processes. By comparing pre- and post-Resolution
notices, the research uncovers not only progress but also setbacks and institutional
resistance that undermine the effectiveness of affirmative action. This work
contributes to debates on democratizing access to the higher education,
epistemological plurality, and the political role of subaltern subjects in reshaping
academic spaces. Ultimately, it reinforces that the struggle for affirmative action does
not end with its regulation—it is ongoing, tense, alive, and profoundly transformative. |
pt_BR |
dc.format.extent |
54 |
pt_BR |
dc.language.iso |
por |
pt_BR |
dc.publisher |
Florianópolis, SC. |
pt_BR |
dc.rights |
Open Access. |
en |
dc.subject |
Ações afirmativas |
pt_BR |
dc.subject |
Pós Graduação |
pt_BR |
dc.subject |
Permanência |
pt_BR |
dc.subject |
Políticas públicas |
pt_BR |
dc.title |
Cotas nos Programas de Pós-Graduação das Ciências Humanas na UFSC: mudanças pós Resolução 145/2020/CUN) |
pt_BR |
dc.type |
TCCgrad |
pt_BR |