Abstract:
|
Este estudo investiga como a taxa de performance aplicada em Fundos de Investimento Imobiliário
(FIIs) de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), listados na B3, afeta a distribuição de
proventos no período de 2022 a 2024. A pesquisa, de caráter quantitativo e descritivo, analisou dados
históricos de uma amostra de 50 FIIs que atendiam a critérios como início de negociação antes de 2022
e patrimônio líquido superior a 50 milhões de reais. Os indicadores-chave contemplaram o Dividend
Yield (DY), o Índice de Sharpe e o Alfa de Jensen, calculados a partir de informações coletadas na
plataforma Economática e em relatórios oficiais dos fundos. Para comparar grupos que cobravam ou
não a taxa de performance, utilizaram-se testes estatísticos não paramétricos (Mann-Whitney), em
virtude de violações de normalidade em algumas variáveis. Os resultados mostraram que, embora os
FIIs com taxa de performance apresentem um DY significativamente maior, não houve diferença
estatisticamente significativa nas métricas de desempenho ajustado ao risco (Índice de Sharpe e Alfa de
Jensen). Conclui-se, portanto, que a taxa de performance está associada a uma maior distribuição de
proventos, mas não assegura melhor eficiência na relação risco-retorno. Esses achados trazem subsídios
para investidores e gestores quanto à análise de custos, incentivos e riscos envolvidos na gestão ativa
dos FIIs de CRI. |