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Este trabalho aborda os significativos custos de energia elétrica enfrentados por supermercados, particularmente durante os horários de ponta. O objetivo geral foi analisar as
oportunidades de redução de custos no horário de ponta em supermercados de Santa
Catarina, por meio da migração para o Mercado Livre de Energia (MLE), da utilização
de sistemas de armazenamento de energia por baterias (BESS) e da implementação
de geração distribuída fotovoltaica (FV). A investigação concentrou-se nessas três
alternativas principais, utilizando uma abordagem quantitativa e documental. Foram
analisados dados reais de consumo e demanda de três supermercados de diferentes portes ao longo de cinco anos, aplicando-se modelagem matemática e métricas
financeiras como Custo Nivelado de Energia (LCOE) e payback em um horizonte de
15 anos. Os resultados indicaram que a migração para o MLE pode gerar economias
médias de 25% a 28% nas faturas, além de oferecer maior flexibilidade contratual. Os
sistemas BESS demonstraram capacidade técnica para reduzir o consumo em horários
de ponta, deslocando a carga; contudo, o alto investimento inicial e o LCOE resultante
indicaram inviabilidade econômica nos cenários atuais frente aos custos da energia
convencional. A geração distribuída fotovoltaica, em configuração "zero grid", emergiu
como uma solução economicamente mais atrativa, especialmente no ambiente livre,
contribuindo para a autonomia e sustentabilidade energética dos estabelecimentos.
Notavelmente, as análises de LCOE e payback apresentaram padrões de viabilidade
semelhantes entre os diferentes perfis de consumo dos supermercados estudados.
A principal contribuição acadêmica deste estudo é a recomendação de que futuras
pesquisas sobre a viabilidade de soluções energéticas para o setor supermercadista
priorizem a análise do impacto das condições tarifárias específicas das distribuidoras,
em vez de focar primariamente na comparação entre diferentes perfis de consumo,
dada a similaridade de resultados encontrada. Para o setor empresarial, o trabalho
oferece subsídios diretos para a tomada de decisão estratégica, ao quantificar o potencial de economia com a migração para o MLE, demonstrar a viabilidade da geração
fotovoltaica e alertar sobre os desafios econômicos atuais dos sistemas BESS sob as
condições analisadas, promovendo, assim, caminhos para maior eficiência operacional
e sustentabilidade financeira. |
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