Retomar a vida: perspectivas da antropologia ecológica para a Educação Patrimonial

Abstract

A Educação Patrimonial (EP) dividindo suas complexidades com o campo do Patrimônio Cultural, lida com noções que tornaram-se curricularizadas neste campo. Ainda apoiada em diversas propostas de transmissão de representações, a EP, vista de forma anacrônica como metodologia, baseia-se em preenchimentos de fichas voltadas para o jargão “conhecer para preservar”. Assim, esse trabalho propõe pensar, de que forma a antropologia ecológica, no nível epistemológico do campo da Educação Patrimonial, pode fornecer caminhos para pensar uma EP no sentido contrário à mera preservação de resultados do passado. Isto é, pensando o patrimônio através da produção/trabalho, na escala da paisagem e da educação da atenção Com isso, busca-se uma educação que habilite a pensar nos patrimônios para a produção no futuro.

Heritage Education (HE), while sharing its complexities with the field of Cultural Heritage, deals with notions that have become curricularized in this field. Still based on various proposals for transmitting representations, PE, seen anachronistically as a methodology, is based on filling in forms based on the jargon “to know in order to preserve”. This paper therefore proposes to consider how ecological anthropology, at the epistemological level of the field of Heritage Education, can provide ways of thinking about heritage education in the opposite direction to merely preserving the results of the past. In other words, thinking about heritage through production/work, on the scale of the landscape and the education of attention. With this, we seek an education that enables us to think about heritage for production in the future.