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O trabalho busca explorar a representação de Priapo, caracterizado como um deus
menor, através de atributos e particularidades que podem ser apreendidos na
análise de elementos historiográficos e, principalmente, na leitura da Priapeia,
conjunto de poemas, tanto gregos quanto latinos, nos quais Priapo é o personagem
central. Pretende também relacioná-lo ao humor sexual romano, uma vez que,
tendo se transformado ao longo da trajetória da prática religiosa de seu culto,
acabou por se tornar um deus risível, devido ao seu essencial traço distinguível: o
falo disforme, desproporcionado; o deus da fecundidade, ao passar do espaço
público para o privado — o jardim —, assume uma faceta mais caricata e agressiva.
Tido como obsceno para os padrões da moral romana, Priapo se torna um arquétipo
presente em textos jocosos ou satíricos, como é o caso do Satyricon, de Petrônio.
Sendo assim, analisa-se a figura de Priapo presente na obra petroniana,
relacionando-a aos personagens e ao enredo. |
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