Abstract:
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Tendo como pressuposto básico que as instituições de ensino superior têm como função básica, a promoção de um bem social chamado educação, seria razoável admitir que ao fazer isso simplesmente, as IES dariam sentido a sua razão de ser e consequentemente, já cumpririam cabalmente com o sentido lato do termo “responsabilidade social”. Com essa argumentação, parece não haver sentido a institucionalização dessa dimensão, já que ser socialmente responsável para uma instituição de ensino deve ser subjacente à sua própria natureza, o que torna redundante qualquer reprodução nessa direção. As sinalizações apontadas neste trabalho, mesmo ainda necessitando de aprofundamento teórico e empírico, parecem ir na direção contrária às argumentações de Faria; Sauerbronn (2008) de que a responsabilidade social empresarial e a área de estratégia não são legitimadas pelo Estado, mas apenas pelas grandes empresas. Ao que tudo indica, esse é não é o caso das Instituições de Ensino Superior brasileiras, quando por força da regulamentação do SINAES, passam a desenvolver ações sob o pretexto da responsabilidade social, que mais assemelham-se a recursos estratégicos e políticos de grandes corporações. |