Abstract:
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Este texto trabalha duas questões: a da identidade e a da mudança. A partir de um resgate teórico, faz-se algumas reflexões tomando como três situações: 1) o processo do "vir a ser antropólogo" - um processo de construção de identidade; 2) as mudanças que estão se processando na Praia do Santinho em função da crescente urbanização e da implementação do turismo, analisando alguns mecanismos que esta comunidade se utiliza para assegurar alguns elementos identitários de sua cultura e, concomitantemente, para re-organizar-se e re-ordenar-se frente às mudanças que o processo de desenvolvimento propicia; e 3) grupo de jovens/adolescentes (composto por nativos e não nativos) que se auto-denomina "Galera". Este grupo ao operacionalizar o universo simbólico do surfe para construir suas identidades, circunscreve um "espaço social" onde exercita as "possíveis" soluções para o que denominamos de "crise de adolescência". Tais reflexões recolocam algumas questões: uma relaciona-se com o tratamento que é dado para a "subjetividade" na construção do conhecimento antropológico; outra à abordagem e à compreensão da realidade social - principalmente a das comunidades litorâneas de pequeno porte - tendo como perspectiva a implementação e o desenvolvimento do turismo e da urbanização. |