Abstract:
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Procuramos compreender como se forma o discurso na trilogia cinematográfica. Qual o critério adotado por cineastas e pela crítica para que três filmes diferentes constituam uma mesma ordem discursiva. Desse modo, tentamos identificar quais os pontos de amarração entre enunciados dispersos no tempo e no espaço para que se configure uma trilogia cinematográfica. Analisamos diferenças no modo de produção e de narração em série, distinguindo entre trilogias no contexto da indústria cinematográfica e no âmbito do cinema autoral. Visamos compreender como a trilogia se relaciona com os demais textos do autor e, neste processo, como o cineasta se expõe e se comporta diante da organização do seu imaginário. Questionamos quem é autorizado, em nossa sociedade, a dizer que três obras de um determinado autor definem-se como trilogia. Concluímos, entre outras coisas, que a proposição de trilogia pode ser considerada muito mais como um gesto de controle do texto e do imaginário que a sua expansão. |