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Com o objetivo de acompanhar o padrão de crescimento e sobrevivência do mexilhão Perna perna em sistema de cultivo utilizando sementes originadas de diferentes métodos, foi desenhado um experimento onde foram usadas três fontes de sementes de 20-30 mm de comprimento nomeadamente ambiente natural, coletores artificiais e laboratório. Duas densidades (2 e 4 kg.m-1 de corda) de estocagem foram usadas em cultivo suspenso espinhel durante seis meses para cada origem de semente. Em outro experimento foram utilizadas apenas sementes obtidas por coletores artificiais para estudar a influência do manejo de desdobre no desenvolvimento de P. perna. Os experimentos foram desenvolvidos na praia de Sambaqui, Ilha de Santa Catarina entre outubro de 2008 e Setembro de 2009. No Experimento 1, a cada dois meses eram determinados diferentes parâmetros biométricos como o comprimento, a largura e o peso além da taxa de sobrevivência e do Índice de Condição de 50 indivíduos de cada tratamento; para o Experimento 2 as mesmas análises foram feitas a cada três meses quando se fazia o desdobre. Apesar de as sementes do laboratório terem iniciado com um comprimento menor no Experimento 1 que as do coletor e costão, com análise de ANCOVA, todas apresentaram um comprimento final estatisticamente igual, com as médias chegando a 66,27±6,02 mm, evidenciando assim maior taxa de crescimento para as de laboratório. A menor densidade inicial favoreceu apenas o comprimento final quando comparadas as sementes do costão entre si e a sobrevivência das sementes do laboratório. Em ambas as densidades, a sobrevivência foi maior nas sementes obtidas do laboratório (96,00% em D1 e 77,77 % em D2) seguida do coletor (70,22% em D1 e 71,56% em D2) e, por fim, do costão (39,56% em D1 e 40,89% em D2). Discute-se o efeito de parâmetros genéticos e ambientais, no período pós-assentamento, para explicar essas diferenças. O desdobre não afetou o comprimento final de P. perna que variou de 59,79±9,90 mm a 64,51±9,33 mm, mas sim a sobrevivência final (93,41% para as desdobradas e 78,40% para não desdobradas) e o Índice de Condição (13,09±3,17 para as desdobradas e 10,00±2,51 para as não desdobradas). A desmontagem seguida de ensacamento no meio do período de cultivo e a diminuição de densidade contribuíram para diminuir as perdas tanto por disponibilizar mais espaço quanto por retirar predadores e competidores que já estavam assentados nas conchas. |
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