Crenças e práticas maternas sobre o desenvolvimento do autorreconhecimento e autorregulação infantil

DSpace Repository

A- A A+

Crenças e práticas maternas sobre o desenvolvimento do autorreconhecimento e autorregulação infantil

Show full item record

Title: Crenças e práticas maternas sobre o desenvolvimento do autorreconhecimento e autorregulação infantil
Author: Kobarg, Ana Paula Ribeiro
Abstract: O objetivo principal dessa pesquisa foi identificar características dos modelos culturais nas crenças e práticas de mães residentes em dois contextos e sua relação com o desenvolvimento do self, nas tarefas de autorreconhecimento e autorregulação. Participaram do estudo 88 díades (mãe/criança). As mães eram maiores de 18 anos com um filho na idade entre 18 e 20 meses, (50 eram residentes na cidade de Itajaí em Santa Catarina e 38 na cidade do Rio de Janeiro). As mesmas foram entrevistadas, individualmente, através de escalas de Alocentrismo Familiar, Crenças sobre Práticas de Cuidado, Metas de Socialização e o Inventário de Linguagem sobre o self. As crianças foram filmadas durante as tarefas de autorreconhecimento (teste rouge) e autorregulação. Foram realizadas análises de comparação de média, correlações de Pearson e análise de regressão. Os resultados indicaram que as mães em ambos os contextos apresentam trajetória autonôma-relacional, ou seja, em que são valorizados aspectos que enfatizam tanto as metas pessoais (focando-se nas necessidades e direitos do indivíduo) como grupais (relacionadas com papéis sociais, deveres e obrigações). Em relação aos pronomes mais falados e compreendidos os resultados mostraram que são aqueles referentes ao self da criança e os menos falados são relativos à noção de coletivo. Na tarefa de autorreconhecimento 51(58%) das crianças apresentaram autorreconhecimento e em relação à autorregulação apenas 36 (40,9%) crianças apresentaram autorregulação. Através da análise de regressão constatou-se que as variáveis local de moradia e sexo da criança focal foram os fatores com maior poder preditivo em relação ao autorreconhecimento. Os melhores desempenhos foram das meninas e pelas crianças residentes em Itajaí. O sexo da criança focal e a idade da mãe apresentaram efeito preditivo da autorregulação. Além disso, as variáveis Práticas Relacionais, Razão de Metas e Classificação de Práticas apresentaram poderes preditivos em relação a autorregulação, sendo que a Razão de Metas foi a que obteve o maior poder preditor, seguida das Práticas Relacionais. Ou seja, quanto mais relacional forem as práticas das mães maior a probabilidade da criança apresentar autorregulação. Nesse sentido, comprovou-se que o contexto de residência pode ser considerado uma variável relevante na modulação das crenças maternas. Além disso, parece haver certa discrepância entre o que elas pensam sobre seus filhos (metas de socialização) em relação ao que elas fazem (práticas de criação de filhos no primeiro ano). O estudo fornece indícios para a existência de diferentes modelos culturais de parentalidade e de uma relação dinâmica entre o cuidado parental e o desenvolvimento infantil.
Description: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2011
URI: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95355
Date: 2011


Files in this item

Files Size Format View
294499.pdf 1.420Mb PDF Thumbnail

This item appears in the following Collection(s)

Show full item record

Search DSpace


Advanced Search

Browse

My Account

Statistics

Compartilhar